Que PT você quer?


Lá em meados dos anos 80, me pai, que nunca se envolveu com política, se reunia com alguns moradores de bairro na Paróquia da Avenida Santo Afonso, aqui no Jardim Miriam. Mediados pelo padre Tony, o pároco da igreja, surgia ali a Associação dos Moradores de Bairro e, que tempos mais tarde ajudou para o nascimento do Partido dos Trabalhadores. Na época, o local era uma das bases do partido na região, que lá no final dos anos 80 apoiava o então metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva.
Lembro quando meu pai participava das reuniões de bairro, que na verdade funcionava como uma pré-sede petista ainda na igreja, e tempos mais tarde acabou ganhando uma sede própria, com status de “associação” e as reuniões do partido foram para outro espaço. Mesmo, assim, quase toda a diretoria da associação era de “petistas”.
Com o passar do tempo, lá pra meados dos anos 90, o PT perdeu força no bairro e outro grupo político assumiu a associação. É sabido que o PT daquela época é diferente do PT de hoje. Aqueles jovens que lutaram por democracia na época da ditadura hoje, alguns deles não sabem ainda lidar nem com as redes sociais. Talvez o quadro do partido tenha envelhecido, perdido forças, pois não se renovou.
É claro que o corpo a corpo é muito mais importante que as redes sociais, porém, os interesses que se trocam do PT de hoje, com o PT de anos atrás são bem diferentes. Exigir que o Partido dos Trabalhadores tivesse estes mesmos interesses do passado, é pedir para que o partido regrida, pois mudaram os valores, o plano, o projeto, as pessoas, enfim, a sociedade mudou, porém, restou apenas um desejo: poder.
Acusar o partido e dizer que sua história foi borrada com o caso do “Mensalão” é hipocrisia, pois o partido é uma instituição bem maior. Todos os partidos políticos no Brasil têm uma história de luta, de direitos e de objetivos por uma sociedade justa. É claro, que, cada um à seu modo com suas ideologias. Mas, quantos casos escândalos rondaram a nossa política e os nossos partidos? O importante é moralizar a política e condenar os culpados.
Em toda esta “polarização” PT-PSDB trará o protesto dos derrotados, que argumentam: “O povo é burro elege o partido do mensalão, partido sem propostas...” O mesmo acontece do outro lado. “Entrou o novo, não mora na cidade, sem proposta, projetos e agora tudo vai por água a baixo”. Pensamentos pequenos e injustos, pois o melhor de tudo isto, é a democracia. A oportunidade de uma nova proposta ser aplicada em prol da população. Cabe à sociedade aprovar ou não depois de quatro anos.
Capital Paulista - No caso de São Paulo com Haddad, é preciso tempo. O que não pode acontecer é o loteamento das Subprefeituras e permitir que coronéis continuem a mandar na cidade sem conhecer a necessidade dos bairros como Kassab faz. Enquanto ministro, Haddad foi revolucionário, apesar de receber várias criticas. Mas criou uma visão sistêmica da educação, que levou o Ministério a atuar da creche à pós-graduação; criou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que passa a medir a qualidade do ensino fundamental e médio, por mais que seja criticada por alguns educadores, serve como parâmetro para o desenvolvimento da educação no país.
Talvez a maior mudança foi a substituição do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica- (FUNDEB). Muitos perguntam: “O que é isto?”. Trata-se da lei obrigatória que faz com que os municípios invistam na Educação, como todo, da pré-escola ao Ensino Médio. Antes era só o Fundamental. Isso faz parte agora da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Tem ainda o ENEM e o Prouni.
O que temos certeza é que a população quer ser bem tratada, com bons hospitais, transporte público de qualidade, escola em perfeitas condições e com professores estimulados para entrar em uma sala de aula. Independente de partido o mais importante é fazer cm que o povo tenha uma identidade capaz de exercer a cidadania e reivindicar os seus direitos quando for necessário. Que partido você quer?

À noite me vem



Escuro me cai e me leva às memórias. Me deixa com vontade de pegar um livro antigo só para ver se encontro anotações rabiscadas. Estes dias achei uma, engraçada e ao mesmo tempo ridícula de uma aula chata. Estava sem data. À noite quero ouvir música. Daquelas que faz tempo que você não escuta, e ouvir alto no fone de ouvido. Mas o ruim é que sempre avanço para a próxima faixa antes dela terminar.

À noite me vem vontades. Com o controle na mão fico a zapear canais e nunca encontro o que eu quero. Paro em um canal, e 20 segundos é o máximo que assisto cada um, depois recomeço tudo de novo. Sempre vejo as coisas pela metade. Você viu o que aconteceu? Perguntam-me, e eu nunca sei, mudo de canal na hora errada.


À noite me vem a preguiça, os planos pro dia seguinte, o computador, facebook, o hotmail, twitter... Televisão, Jornal da Globo... Aquele livro que parei de ler (penso em recomeçar).


À noite com as luzes da rua, o brilho das esquinas e os flashes da pista de dança é bem diferente da noite com a luz do abajur, daquela luz vermelha do aparelho de som que insiste em ficar acesa, mesmo depois de desligado, porém à noite (a)calma.

À noite me vem macia, serena... Quente, às vezes fria. Proporciona encontros, sorrisos... Sim, ela me vem.

Adeus, Emmanuelle


Adeus, Emmanuelle

A atriz holandesa Sylvia Kristel (na foto ao lado), conhecida por ter protagonizado o filme erótico francês "Emmanuelle" (1974), morreu anteontem, aos 60 anos, enquanto dormia, em Amsterdã. Ela lutava contra um câncer na garganta. "Emmanuelle" foi inspirado no romance homônimo de Marayat Bibidh Andriane e, sob a direção de Just Jaeckin, quebrou tabus em relação ao sexo no cinema. Filmado com orçamento de US$ 500 mil, arrecadou US$ 100 milhões e, em alguns países, permaneceu mais de uma década em cartaz. Em 1977, em passagem pelo Brasil, Kristel participou de filmagens da novela "Espelho Mágico", de Lauro César Muniz. Na época, a atriz pediu a liberação de "Emmanuelle" no país, o que só aconteceria em 1980. 
Fonte: Agora - 19.10.12


Estátua de Maria Esther Bueno fica isolada e público não tem acesso


Na última vez que fui ao estádio do Pacaembu, ao olhar pelas grades de um portão deparei-me com a estátua da maior tenista brasileira de todos os tempos, Maria Esther Bueno. A obra ficava em frente ao estádio até 1995 e depois desapareceu.
Hoje a estátua fica exposta às moscas em um espaço perdido atrás do Tobogã.
Lembrando que a tenista ao longo de sua carreira, venceu dezenove torneios do Grand Slam (7 na categoria simples; 11 em duplas femininas; 1 em duplas mistas). Segundo o anuário do Daily Telegraph, que registra a classificação dos tenistas entre 1914 e 1972, Bueno foi a Nº.. 1 do mundo em 1959 e 1960. 
O International Tennis Hall of Fame também a incluiu como a melhor tenista do mundo, em 1964 (depois de perder a final no Torneio de Roland-Garros e ganhar Wimbledon e o U.S. Open) e 1966.
Famosa pela elegância do estilo de jogo e pela potência do serviço, é a maior tenista brasileira de todos os tempos.
A estátua é um patrimônio público, deveria estar exposta em um local visível. Lamentável!

Café Bleu - Um álbum inesquecível



Todo mundo tem aquele CD inesquecível. Eu tenho vários. Dentre eles o Café Bleu do Style Council. A banda liderada por Paul Weller (ex- The Jam) implacou lá nos meados dos anos 80 e chegou a ser intitulado como “New Bossa” na Inglaterra. No Brasil a música You’re the Best Thing chegou a ser tocada em algumas rádios, mas o LP ( naquela época) só foi sair anos mais tarde.

Lembro que paguei caro naquela bolacha na loja super transada da época chamada Bossa Nova, lá no centro de São Paulo. Este álbum é uma obra prima que passeia pelo jazz, blues, funk, soul e com algumas pegadas tímidas de rock, influências do pós-punk The Jam.

O álbum conta ainda com um romantismo claro em várias canções, como: Blue Café, The Paris Match, que conta com a participação de Tracey Thor do EBTG, outro grupo clássico, bem 80’s. As pegadas “new bossa” podem ser percebidas na balada My Ever Changing Moods.

Tem ainda A Gospel e Strength of Your Nature, dois pertados soul-funk e logo em seguida as sobremesas do álbum são as três últimas faixas: Here's One That Got Away, Headstart for Happiness e Council Meetin.

Uma boa dica para baixar este álbum que ainda não ouviu e se gostar, compre. É um daqueles Cds que valem a pena.

O consumo da notícia


A principal arma de um governo não são as forças armadas, não está também em uma bancada de sustentação do Poder Legislativo, ou qualquer tipo de sistema político, mas está no poder dos meios da comunicação e da indústria cultural em si. Não é atoa que os Estados Unidos são a nação mais poderosa, pois dominam estes dois itens. O cinema americano é uma arma talvez mais poderosa que qualquer bomba atômica, pois através dele pode influenciar a vida de milhares de pessoas em todo o mundo.
Os que defendem a "indústria cultural" acham que a própria história (e não apenas o jornalismo) chegou ao fim. Acreditam que os antigos ideais de progresso, conforto e bem-estar foram todos realizados, por isso não há mais motivos para se preocupar nesta era pós-moderna. Esse pensamento de dominação, que a "indústria cultural" é condenada por educadores como Paulo Freire (1994), que relatou como artimanha do capitalismo neoliberal a estratégia de dizer que as utopias morreram. Melhor, entre os futuros jornalistas, quando ainda estão nos bancos da faculdade. Despertar a visão crítica em relação ao mundo e ao mercado talvez possa contribuir de algum modo, para um jornalismo se não meramente literário, mais voltado para a conscientização do ser humano e para a humanização das estruturas em que todos estão inseridos.

Algumas pessoas acreditam que o jornalismo pertence ao povo, ou seja, a voz da comunidade expressa em um jornal e pensam que o meio de comunicação possa devolver o poder da palavra ao povo. Mas como um jornal ou qualquer meio de comunicação pode devolver algo a alguém quando este nunca o possuiu?
A notícia hoje é um bem de consumo, há um mercado específico para cada tipo de reportagem, assim como o cinema americano (que sou apaixonado) tem o seu público e o europeu (filmes inteligentes que não sou muito fã, pois durmo na metade) também, e com a notícia acontece o mesmo fenômeno.

O vendedor político


Estes dias estavam andando pelas ruas e parei em frente à vitrine para apreciar uma aparelho de som. De repente chega um vendedor todo sorridente e me cumprimenta, e com toda a sua sabedoria e conhecimento sobre o determinado aparelho, me explicou os detalhes de seu funcionamento. "As caixas são potentes e suportam as batidas dos graves e agudos no volume máximo. Veja"! E começou um batidão, um funk carioca. Tum Tchii Tumm... Nesse instante o aparelho era semelhante a uma nave espacial dos anos 80, com várias luzes e botões gigantescos.

Após alguns minutos o vendedor ainda tentava me persuadir, mas já não falava do aparelho, mas sim da facilidade do pagamento e já ia pedindo meu RG, caso resolvesse efetuar a compra.

No final, acabei frustrando o cara, fui embora e não gastei absolutamente nada. Na verdade me senti aliviado ao sair da loja, pois parecia que estava sendo atacado pelo vendedor que falava que tinha que comprar o estéreo de todas as formas. Só faltou me dizer que minha vida não teria sentido sem aquele som.

Em casa fiquei pensando, se esse vendedor fosse um candidato político, certamente poderia ser eleito, pois era um verdadeiro "profissional labial", com altos "xavecos". Então chego a conclusão que os políticos devem ser ótimos vendedores de equipamentos eletrônicos.

Ilegal, imoral e engorda



Adoro comer cheesburguer ou coxinha de boteco. Melhor ainda é comer pastel de feira, principalmente aquele "especial" que tem até um ovo dentro e, adoro tomar Coca-Cola quando acordo e ou quando vou dormir. À noite, no trânsito, não tenho paciência de ficar parado em farol vermelho, ainda mais com essa onda de violência que está pela cidade, portanto, não respeito os semáforos da cidade, e assisto sim, as imoralidades que passam na televisão.
Recentemente em um jornal, mostrou o prefeito de São Paulo pedindo que os moradores da favela incendiada abandonassem o local, porém, a reportagem informou que eles não tinham para onde ir. No bloco seguinte do jornal, mostrou um comercial com a promoção de um carro com o IPI reduzido. Preço do veículo: R$ 68 mil. Isso sim é ilegal e imoral.
Hoje há um movimento chamado "light" em evidência. Trata-se de um grupo de pessoas que odeiam refrigerantes, não comem nada na rua e quando vão a restaurantes pedem suco de laranja com adoçante. Feijoada! Nem pensar. Apenas salada e carne branca.
Muitos são também frequentadores de academia, e confesso que eu amo essas salas de ginásticas, para manter este corpo de 4 ponto zero, mas, às vezes, temos que ouvir cada coisa. A última conversa que ouvi na academia foi: "Hoje comi uma fatia de pão integral com queijo ricota", afirmou um cara todo metido a bombado, e outo retrucava: "Não, não! O melhor a fazer é tomar leite, pela manhã, e comer muitas batatas doces durante o dia", então pensei: Vou sair de perto destes caras rapidinho, caso contrário vou sentir o efeito colateral dessa comida.
Bom, o fato é que sempre pratico esportes, vou à academia, e faço tudo isso na maior normalidade, sem preocupações, afinal, como diz o ditado: tudo que é bom é ilegal, imoral e engorda.


VMB - Será o fim da MTV?

Assistir ao VMB nesta quinta-feira, dia 20, só não foi um martírio porque o encerramento era nada mais, nada menos que os Racionais. Portanto, todas as apresentações anteriores foram suportáveis. 
Sem um apresentador, o evento ficou na mãos de seus convidados, que em prol de uma "linguagem jovem", descambam para as palavras chulas e o excesso de palavrões, como se isso fosse o simbolo da juventude.
Horas antes, tinha lido várias reportagens que o evento poderia ser o último e pelas fala de alguns apresentadores deixaram algumas pistas, como o Marcelo Adnet. Mas, se a MTV está em crise, ela não é a única culpada, mas sim, do genero musical. Não acontece nada de novo no mainstrem, as bandas que faziam sucesso há 15 anos, continuam a sobreviver com estas mesmas músicas, pois não há nada de novo.
E, isto reflete diretamente na programação.

O futebolês dos críticos


Ao abrir qualquer caderno de esportes testemunhamos duas novelas sendo debatidas pela mídia esportiva. O caso Palmeiras e do jogador Paulo Henrique Ganso. E em todas as matérias a condenação do Palmeiras à Série B do Brasileiro já e fato, assim como o caso do jogador santista, que disse (por meio da diretoria – ou terceiros) que prefere jogar no São Paulo e o condenam antecipadamente sem ouvir a verdadeira opinião do jogador.
O fato de se fazer análises pela própria convicção ou pela emoção critica, deixa passar a impressão de que o mundo acabou ao time paulista. Esquecem-se da camisa e mesmo de uma análise mais profunda de jogo mesmo. Gostaria de saber em que se baseiam alguns jornalistas para constatarem o jargão “volume de jogo”. Primeiramente é preciso contextualizar este jargão e como se caracteriza. Para muitos, volume de jogo é a posse de bola; para outros, trata-se da maior capacidade que um time tem para trocar passes no campo adversário; para outros ainda definem isso, como a capacidade de armar ataques.
Em algumas narrações de jogos ou em comentários posteriores as partidas, são possíveis notar que muitos têm uma noção diferente do significado de “volume de jogo”. Para piorar, nem os técnicos ajudam a contextualizar isso, porque eles colocam tudo na mesma panela de acordo com a justificativa da derrota ou vitória. Depende como foi o jogo. Falo isso, porque muitas vezes, baseando no tal volume de jogo, o time do Palmeiras já foi considerado uma das melhores equipes do primeiro semestre e em menos de três meses, é o time que não possui volume algum.
Falam como se o futebol é baseado apenas em números, adaptados e moldados de acordo com determinados interesses.
No caso do Ganso, condenam o cara antecipadamente, por não falar com a imprensa sobre a sua situação. Mas, para que falar? Tudo já foi jogado no ventilador e a própria diretoria do Santos abandonou o atleta. Não que ele esteja totalmente certo. O Ganso este ano não jogou absolutamente nada, apesar de ter feito algumas partidas mágicas na libertadores, mas não foram o suficiente.
No caso destas novelas, toda a crítica fica atenta para fazer aqueles longos debates e criticas, mas são todos repetitivos e óbvios, pois são todos “futebolês”.