Conversinha



(poderia chamar este diálogo que testemunhei dentro de um ônibus de: “microconto”?)

Você viu a Maria Tereza ontem menina? Vi não. Ela pegou o das 7h30, ontem saí mais cedo. Você sabia que ela trocou de emprego? Sabe onde tá agora? Onde? Lá na loja do Itaim. Que bom, né? Ela sempre queria sair de Santo Amaro, né? Depois que largou daquele encosto? Ela ainda estava com ele? Ih não! Tem gente que não sabe dar valor. Ela tinha deixado o Carlos. Aquele moreno que tinha um filho com aquela loira oxigenada? A própria. É verdade. Ele sim é um pedaço. Todo educado, agora trabalha lá no Plaza Sul. O que ele faz? Sei não. A Claudia disse que ele é chefe de cozinha de um restaurante. Mas me conta da Maria Tereza! Você sabe o que ela me disse? O quê? Ela tá desconfiada. De quê menina? Atrasou. Ih! Será? Acho que a danada tá grávida. Nossa!
O diálogo continuou, porém tive que descer do ônibus. Foi isso que ouvi

Sócrates, Lula, Suplicy e Marta

Uma imagem histórica, possívelmente em 1984 ou 1985 provavelmente na época da Democracia Corintiana, que foi um marco no futebol. Foi algo histórico como o Corinthians atuou e mostrou a cara, contra o sistema político vigente naquela época. Hoje, se o Dr. Sócrates estivesse vivo, não sei se estaria apoiando a política atual. Mas uma coisa é certa, contra o PT acho que não estaria também. Mas a imagem é realmente histórica e também agradável pelos sorrisos de todos.

Olhares cônicos a açucarados


Sabe quando você sai com amigos para almoçar e na mesa além dos alimentos tem um bom papo, boas lembranças, bons comentários? Pois é depois dos prazeres (in)saciáveis da alimentação, eis que chega a hora de aguardar o garçon trazer a conta e nesta hora, eis que surpreendo a todos e, ao invés de pedir o tradicional cafezinho, resolvi exagerar. Pedi um sorvete. Mas não era um simples sorvetinho. Era o SORVETE. Todos ficaram encantados com o danado que derretia deliciosamente. E os olhares ficaram açucarados.

O Retorno


Há tanto tempo escrevendo e rascunhando este espaço e por isso, torna-se difícil abandoná-lo. Pensei em desistir e abandonar tudo... Tentei mudar lá pro “Verbo Digital” da “wordpress” e descobri que existem milhares de blogs com este nome. Então mudei, criei o sergiospires.com, e também o http://serpires.wordpress.com/, depois criei ainda um outro e virou uma bagunça danada. Então resolvi voltar ao Armário Mecânico, mas em breve as configurações deste blog será padronizado assim como os textos que terão um padrão de tamanho, para que, no mínimo fique agradável.

Quebra-te o queixo


Quando criança, um senhor de avental azul e com um sino na mão passava pela rua Sto. Afonso, bem em frente a minha casa e badalava um sino. 
A molecada saia até a rua a via lá... Aquele quitute adocicado feito a base de coco. Era o "quebra-queixo". Lembro que entrava para dentro de casa em busca de moedas para comprar o doce que te melecava todo. Depois da primeira mordida o açucar insistia em esticar, tipo queijo quente.
Naquela época já era raro ver o "tiozinho" vendendo estes quitutes pelas ruas, hoje então não é raro. É raríssimo. Pode servir até de pauta, virar matéria, sei lá. Só sei que me surpreendi nesta semana andando pelo centro de Diadema. Eis que encontro com uma menina chamada Dina. Ela vende quebra-queixo pelo centro de Diadema. Faz o quitute com a receita de sua mãe, que outrora badalava o sino pelas ruas da cidade vendendo o doce para a alegria da criançada. Não resisti ao vê-la. Comprei um, e fiquei com a boca toda adocicada de memórias.

As crianças, as mulheres e o elevador

Estes dias, fui à casa de um amigo que mora em um apartamento e quando entrei no elevador, observei duas mulheres com filhos da mesma idade, de aproximadamente cinco anos. Eram dois meninos: o primeiro estava segurando um carrinho de plástico, sem rodinhas, e as portinhas estavam soltas, e toda hora caia no piso. Ele dirigia este pequeno automóvel pelas paredes do elevador, e na sua boca saia o barulho de um motor potente; o outro tinha um carrinho de controle remoto, e apenas segurava-o com as mãos.

De repente surgiu um diálogo. "Olha que carrinho legal, me deixa ver?", perguntou o guri que tinha o carrinho de plástico. "Tó, foi meu pai que me deu", respondeu o outro. Um diálogo incrível surgiu entre as crianças, como se elas se conhecessem há muito tempo. O mais triste desta história, é que as duas mulheres, que pareciam ser a mãe dos garotos nem se olharam, eram como se fossem invisíveis. Observava a tudo e sorria para os moleques.

Fiquei pensando em como definir uma explicação para que duas crianças tão diferentes que não se conhecem, mas tornam-se amigas de uma forma tão natural e pura, não importando a classe social. 

Lembrei-me de Jesus, quando disse: "Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior reino dos céus" (Mateus 18/4). Por outro lado, o mundo adulto é cheio de justificativas, tentando explicar o inexplicável e são capazes de virar a cara e ignorar outra pessoa, como aconteceu com as duas mulheres.

Mudança de blog - Novo projeto - New Project

Olá pessoal, depois de 8 anos de Armário Mecânico, sendo 5 anos neste endereço do blogger e três anos no UOL. Resolvo parar este projeto e mudar o nome do blog e disponibilizar e trabalhar com novas propostas.
Este endereço continuará o mesmo, mas não terá mais novas postagens. Obrigado por acompanhar este blog durante estes anos.
Para o novo projeto farei uma enquete aqui na barra lateral onde todos os visitantes poderão escolher o melhor nome para o futuro blog.

Obrigado!


God Bless you all




Hello everybody, after 8 years of Armário Mecânico, with 5 years in this address of the blogger and three years in UOL. I resolved to stop this project and rename the blog and provide and work with new proposals.
This address will remain the same, but will have no more new posts. Thanks for following this blog over the years.
For the new project I will make a poll in the sidebar here, where all visitors can choose the best name for a future blog.

Thank you!


God Bless you all

Cássia Eller no Gordo a Go-Go (entrevista)


Sem querer achei uma enrevista da Cássia Eller na net, sendo entrevistada pelo João Gordo completamente inesperiente, mas o incrível é que aconteceu uma simbiose entre os dois e o papo/entrevista saiu bem legal.

Olhos e pés

Sombras te acompanham na escuridão. Sozinho calcula o próximo passo. Alguém grita pelo seu nome em vão. Mente pesada, nervos de aço. Imagina então aquela música. A mensagem poderia lhe revigorar. Seus olhos então começam a ficarem abertos. Mesmo assim, seus passos eram incertos. Olhos abertos na escuridão, uma falsa sensação de segurança. Mas a música ditava o ritmo de seus passos. Caminho certo, caminho suave. Os pés seguiam os olhos... Seus olhos então começavam a ver. Seu caminho, seu ritmo, sua luz. Foi assim... Os olhos e os pés.

Neil Young - Harvest Moon


Certo dia, estava dirigindo por uma estrada à noite e estava muito longe de casa. O tempo estava frio, porém o céu e a lua brilhavam, quando percebi estas belezas, o rádio tocava esta música. Parei no acostamento... Estava em um morro, podia ver as luzes da cidade lá embaixo... Contemplava tudo... Abri a porta do carro, deixei o som sair só para sentir... Harvest Moon... Nunca mais esqueci esta canção.