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Glee |
Estes dias terminei de assistir a 4ª temporada de Glee em
apenas uma semana. Achei fantástico. Já conhecia o seriado teenager quando
passou a primeira temporada na TV aberta, vi apenas alguns episódios, e
esporadicamente via algumas apresentações de músicas na internet. O seriado
chamou atenção da forma como trata a música em um ambiente de colégio.
Desta vez, ao ver a temporada completa, tive uma visão
diferenciada. Não sabia que o Glee era um pequeno clube de um colégio, na
verdade trata-se de um projeto específico, que foi autorizado pela direção da
escola para a disputa de um torneio regional. Em resumo, o grupo se apresenta
apenas com objetivo de uma única apresentação anual e caso passasse, iria para
uma segunda apresentação nacional. Entretanto, é um grupo de alunos que são
amantes da música que se apresentam para si mesmos, como um ensaio, diversão e
lazer. Isto é muito legal se fosse realmente implantado como um projeto dentro
das escolas (serve de exemplo).
Lembro que tinha este mesmo costume com amigos, pois quando
comecei a trabalhar toda a minha grana ia em discos e CDs. No quarto tinha um
monte de bolachas de vinil amontoadas e a galera se aglomerava para ficarmos
ouvindo músicas e falando bobagens deixando a hora passar. Tudo em prol da música,
era quase que um clube. Fazíamos sabatinas musicais, às vezes, alguém levava um
cd ou um disco novo e colocava para rolar, outro amigo trazia cerveja e
ficávamos horas debatendo às músicas e os estilos de som. Vi em Glee, a
necessidade de compartilhar músicas e estilos, afinal, de que adianta termos um
belo acervo, conhecimento e um estilo de música própria sem poder compartilhar
com alguém? Glee faz isto. É cultura pop.
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Fred e Barney no Water Buffalo |
Isto me faz lembrar da necessidade das pessoas se agruparem,
tipo clube ou algo onde as pessoas podem se encontrar para compartilhar gostos em
comum. Lembrei do Water Buffalo Ledge dos Flintstones. Era criança quando via o
Fred e o Barney com uns chapéus idiotas que eles usavam às sextas-feiras. Era
um clube só de homens e suas esposas ficavam questionado sobre o que acontecia
naquele local proibido para o universo feminino. Na verdade, era esta a
necessidade, de compartilhar algo.
No futebol é a mesma coisa. Ir em qualquer campo de várzea
ou sair com amigos para jogar bola em um dia qualquer à noite é um prazer
imensurável. É network, esporte, risadas com jogadas idiotas, é voltar a ser
criança. O mesmo acontece com outras modalidades, ou mesmo as mulheres que se
encontram para fazer qualquer outra atividade. Sair para compartilhar algo e
voltar a ser criança é algo necessário para todos, principalmente quando se
relaciona à música.
Por isto, já estou pegando o violão e cantarolando algumas
canções, meus CDs e discos, tem hora marcada aos sábados e domingo à tarde.
Futebol é aos domingos e as corridas durante a semana. E nas horas livres, vou
começar a 5ª temporada de Glee. Haja tempo, mas parafraseando a cultura pop
nacional: “… Mas temos muito tempo… Temos todo o tempo do mundo… Todos os dias,
antes de dormir, lembro e esqueço como foi o dia. Sempre em frente, não temos
tempo a perder…”.