1) Em um bate papo bem legal com a galera do 9 Ano B da E.E. Rosa Inês fui apresentado a novas bandas bem legais.
2) Este segundo vídeo já conhecia, o Panic at The Disco é bem interessante.
3) Não. realmente eu nunca tinha escutado "Tribo da Periferia". Bem produzido, mas ainda não consegui assimilar este estilo.
4) Esta banda Hungria faz o mesmo estilo de "Tribo da Periferia".
5) Froid é bem legal.
6) Birdy - Uma cantora Indie que está nas graças da molecada.
O
7) XXXTentation foi o grupo que eu mais gostei dos que foram me apresentado. Uma pedrada a cada faixa.
Cena de futebol - Palmeiras x Corinthians - Bucólico.
Uma cena bucólica, narrada no livro do Casagrande, quando o time do Corinthians chegou atrasado no estádio e andou trocado para o jogo com as chuteiras nas mãos pela torcida do Palmeiras.
Sobre orquídeas na parede
Ao visitar um espaço, fiquei curioso obre uma pequena criação de orquídeas em uma parede em um espaço pequeno e bem criativo.
Velhas máquinas novas
Ir ao Centro de São Paulo é descobrir coisas novas e também relíquias do passado em ótimo estado. Muitos jovens não conhecem ou/e nunca viram uma máquina de escrever. estas preciosidades em ótimo estado, na Rua José Bonifácio no centro fica bem em frente à faculdade de Direito São Franscico e chama atenção pelo seu estado de conservação.
"I see my folks, they're getting old"
"...I see my folks, they're getting old, I watch their bodies change...
I know they see the same in me, And it makes us both feel strange...
No matter how you tell yourself, It's what we all go through...
Those lines are pretty hard to take when they're staring' back at you.
Scared you'll run out of time..."
I know they see the same in me, And it makes us both feel strange...
No matter how you tell yourself, It's what we all go through...
Those lines are pretty hard to take when they're staring' back at you.
Scared you'll run out of time..."
O Rancor e ódio que nos pertencem
“Suportem-se uns aos
outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o
Senhor lhes perdoou.” Colossenses 3:13
“Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.”
Machado de Assis
Nos tempos atuais o ódio e o rancor proliferam em nossa
sociedade, isto em todas as esferas, como na política, e em todos os relacionamentos
sociais, dentro de nossa casa, na rua e no trabalho. É triste não podermos
compartilhar nosso posicionamento político sem ser taxado de alguma coisa e ao
mesmo tempo odiado por um grupo que pensa ao contrário; é terrível você ser
identificado como de uma religião e ser criticado e odiado por pessoas que têm
uma fé diferente da sua. O ódio anda de mãos dadas com o rancor, que é, na
realidade, uma emoção não resolvida, por conta de uma situação que causou o mal
estar e que não enfrentamos, e ajuda alimentar o rancor.
Estes dias ouvi em uma palestra, uma pessoa que falava sobre
“restauração” e comentou que estava sendo restaurada de certos sentimentos de
ódio que sentia pelo seu pai. Durante sua fala, a palavra “desgraçado” em
relação ao seu pai, foi proferida várias vezes. Ter um pai que lhe fez muito
mal, é algo triste, vemos e testemunhamos em nossa sociedade pais
irresponsáveis, mas, por mais cruel, que tenha sido esta figura paterna, não
merece ser odiado, aliás, ninguém deveria “desgraçar” um pai. Apesar de ter
todos os motivos possíveis, onde pais estupram, agridem, menosprezam...
É uma situação triste. Pois, o mal é inerente a todos. O “mal paterno-materno” é potencializado,
pois onde deveria ser fonte de amor aos filhos, torna-se decepção. Não imagino
passar por tal situação, mas quem passa ou passou, deve ser muito difícil lidar
com a relação tríplice de ódio-rancor-perdão.
O ódio e o rancor está inserido dentro de nossos corações de
uma forma ou de outra. Mesmo que não tenhamos motivo algum, tudo se torna
pretexto. Clarice Lispector em sua obra “O Mineirinho”, retrata bem esta
vontade, quando vê um criminoso sendo morto pela polícia com 13 tiros, quando
só uma bala já bastava, e os outros 12 aconteciam por razões de ódio e rancor e
a última bala é minha, é nossa, pois nós matamos milhares de “mineirinhos”
todos os dias.
Esta relação ódio-rancor-perdão é retratada de uma forma
muito interessante no filme 12 Angry Men, do diretor Sidney Lumet (1958), aqui
no Brasil saiu com o título “12 homens e uma sentença”. O filme é uma lição
jurídica, mais vai muito além. Ela desmascara todos os nossos defeitos como
seres humanos e desmascara os pecados capitais de cada membro do júri (Juri
Popular), revela-se que o povo tem os mesmos defeitos do réu. Ou seja, todos
nós somos culpados dos crimes sociais.
Como diz a banda rap nacional, GOG "A reconstituição do
crime deve ser feita anos antes". O ódio e o rancor está enraizado em
nossas peles, e se nada fizermos isto se prolifera, pois está começando lá na
base, na escola. Testemunhamos um Estado ausente que sucateia a educação em todo
país e as crianças acabam por se transformar futuramente em pessoas rancorosas.
Acredito é é necessário deletar o que ficou para trás e construir o novo, pois
de acordo com Honoré de Balzac, “O ódio tem melhor memória do que o amor”.
13 reason Why e os bullings...
A grande série da Netflix “13 Reason Why” trouxe à tona
alguns temas “pesados” pelas quais os jovens enfrentam, ou sempre enfrentaram na
história da humanidade, dentre eles, dois polêmicos, que são: o bulling e o
problema da humanidade, que é o suicídio. Por conta disto e também da superprodução,
com um bom roteiro, ótima trilha sonora, assim como a interpretação dos atores
que conquistaram o público, o filme ganhou todos os sites especializados, como
a mídia em geral.
A série ainda vai mais longe e toca em vários temas
importantes que são as causas das violências nas escolas, tratando o bulling
como uma consequência natural do ambiente escolar e aborda os adolescentes,
principalmente a protagonista Hannah Baker, uma garota solitária (filha única)
que possui pais dedicados por sua educação, porém, há uma distância neste
relacionamento, ao ponto de não existir relação de amizades “pai-filho”, que
não é capaz de preencher um vazio existencial na adolescente.
É este vazio existencial que preenche praticamente todos os
personagens da série, talvez uma visão característica da adolescência que o
diretor/autor do filme tentou abordar, principalmente na auto-descoberta da
identidade de cada personagem, e a descoberta do amor e do ódio passeiam lado a
lado.
A trilha sonora de bandas dos anos 80, 90 e 2000 temperam a
série com vários hits e diante de tantos problemas, a ebulição do bulling é
latente, assim como as razões que ocasionaram o suicídio começam a serem
enumeradas a cada episódio. Estas razões apontam para uma fraqueza incrível da
garota, que passa por situações humilhantes, que não soube como enfrentar seus
problemas e também resolveu não procurar ajuda em sua casa, pois mesmo sendo
mimada pelos pais, não contava com o apoio dos mesmos.
Aliás, estes eram os perfis dos pais de praticamente todos
os personagens, pois estes pais sempre estão longe dos filhos, ao contrário dos
pais do personagem Clay, onde os pais tentam ingressar no mundo do jovem,
porém, o mesmo é relutante ao aceitar seus pais como amigo, mas sim, seus
colegas de escola que não dão a mínima para ele.
Estes “amigos” e a “turma” mostram uma amizade bem
superficial, capaz de mudar a qualquer instante, e esta “amizade” pode ser
destruída a qualquer momento, desde que destrua a identidade do personagem
perante ao grupo. Mesmo assim, é neste meio que estes jovens se sentem “aceitos”
e “acolhidos” e é dentro deste meio que acontecem as frustrações.
Vingança acaba sendo
o tema principal da série - A protagonista principal narra sua história
triste e e de como foi abusada pelos seus amigos como uma espécie de “vingança”.
Para que eles se sintam arrependidos e culpados pela sua morte. E mesmo morta,
sua voz ainda ecoasse em 13 fitas cassetes destinados aos 13 amigos, que,
segundo ela, que ocasionaram o fato. Ou seja, em outras palavras, o seu
suicídio, sendo transformado em um “homicídio-psicológico”. Pois cada
personagem a feriu e estas feridas a mataram, talvez esta seria a “síntese”
deste drama.
Esta série em 13 episódios, aborda o desespero, a
desesperança, vazio existencial e retrata uma angustia do começo ao fim, como
se não houvesse esperança, como um retrato de nossa sociedade atual.
Estes mesmos temas, são abordados em outros filmes bem
atuais como “As vantagens de ser Invisível”, que aborda o suicídio, depressão e
um vazio existencial dos adolescentes dos anos 80. Mais atual, “Anne with an E”
da Netflix, é uma obra prima. No final do século 19, um casal de irmãos idosos
que não se casaram, resolve adotar uma menina órfã de 13 anos. Bulling e o
preconceito, são abordados diretamente, mas a menina consegue ter forças por
conta de sua imaginação e da literatura, mas o roteiro e com um diálogo lírico
e bem feito, o filme é uma obra prima.
Todos estes filmes trazem algo bem legal aos jovens e
merecem ser bem debatidos e vistos, pela crítica social bem atual.
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