Palestra para crianças sobre o Brasil
O pensamento egoísta de ligar o "f*da-se"
Este tipo de "rebeldia" é a mais primária e egoista que pode existir.
O preconceito, The band of Holy Joy e as lojas “Hi Fi”
Um dos meus empregos dos sonhos quando ainda era adolescente era trabalhar como vendedor de loja de discos. Sim, achava que seria ótimo, prazeroso trabalhar em um local tão descolado, principalmente as lojas do shopping como a antiga loja “Hi Fi”, para quem não sabe, era um ambiente “super maneiro”, com vários quadros de bandas nas paredes, a iluminação era diferente, parecia que você estava em uma danceteria, e o melhor ainda, a loja tinha uma cabine musical que parecia com as famosas cabines de telefones público de Londres, só que, ao invés das cabines, tinha um toca discos com isolamento acústico para o comprador desfrutar e conhecer o vinil que iria levar.
Nesta loja, era um sonho trabalhar e uma obrigação de comprar discos lá. Era Status ter no vinil, um selo “Hi Fi”, mais chique ainda era andar com o envelope Hi Fi com o disco dentro, era muito “cool”. Entretanto, nunca vi um cartaz ou anuncio nestas lojas precisando de vendedores ou até mesmo estoquistas.
Lá no final dos anos 80, comecei a colecionar discos de vinil, todo o trocadinho que descolava era investido nestas bolachas, assim como a assinatura da revista Bizz, a Placar e quadrinhos da Marvel. O meu quarto era uma desordem total destes artigos e para compartilhar esta experiência, trampar em uma loja de discos tornou-se uma obsessão.
Comecei a entregar currículos naquelas lojinhas que vendem discos bregas no centro de São Paulo. Certa vez o cara olhou pra mim, começou a me medir. Eu, um jovem negro, cabelo crespo tipo escovinha e de óculos, acho que não era o perfil que estava procurando, e me dispensou.
Fui então à loja mais séria, a Brenno Rossi, no Shopping Ibirapuera. Esta loja, além das músicas populares, trabalhava com os clássicos. Em 1989 ou inicio dos anos 90, quando o CD era artigo de luxo e importado, eles tinham um cantinho só de CDs importados de músicas clássicas. Entreguei o meu currículo para o gerente, que só me olhou e disse: “Qualquer coisa, te ligamos”.
O mais curioso, é que, sempre que entrava em uma destas
lojas, ficava sempre olhando os discos e a disposição dos artistas nas
estantes. Perguntava sobre bandas e discos que não estavam ali, apenas para
testar o conhecimento dos vendedores, e sempre eu os achavam fracos, com falta
de conhecimento musical, pois não sabiam responder algumas perguntas que fazia.
Mas o mais “legal”, para não dizer decepcionante, para comprovar a minha tese, foi o que aconteceu na minha loja dos sonhos, a Hi Fi. Certa vez, finalmente vi um anúncio de vendedor na vitrine. Entrei na loja e fiquei, como de costume, a olhar os discos e suas disposições nas prateleiras e vi várias raridades do rock, misturadas com bandas sertanejas e bandas pops com discos de rock inglês, que era a coqueluche dos anos 80. Um vendedor me abordou e eu disse que só estava olhando os discos.
Depois fui até o caixa e perguntei sobre a vaga de vendedor. Ele me disse para falar com o gerente e o mesmo tinha saído e voltava em 5 minutos. Aguardei ali na loja até o responsável retornar e quando chegou, o caixa informou que eu estava ali o aguardando. Então ele me perguntou: “Você tem experiência com vendas? Tem experiência com música?”. Respondi: “Não, mas tenho um bom conhecimento”.
Ele retrucou: “Sinto muito. É preciso experiência.”, e me dispensou, ali. Na lata. Então eu perguntei pra ele: “Você tem o single do grupo inglês The Band of Holy Joy?”, ele me respondeu: “Não. Não recebemos e não conheço a banda”. Então fui a até a prateleira, puxei o disco que ele disse não conhecer e o coloquei em cima do balcão do caixa, e disse: “Só quis te testar para ver se você tem conhecimento musical”, e fui embora.
Desde então, esta banda ficou especial pra mim, tanto que
tive que comprar o disco importado deles, mas em outra loja, é claro!
A loja e os brinquedos
Me "estanto"
O pinto e a garrafa
Estes dias, durante esta quarentena,
resolvi limpar um porão que existe em casa. Olhei para uma estante cheia de
bugiganga e comecei a limpeza. De repente achei um caderno especial da morte de
Jânio Quadros, quando era estudante não sei de que série; encartes dos
ingressos do Rock in Rio e da Legião Urbana e o mais curioso foi um livro velho
“Para Gostar de Ler – Volume I”, que contém crônicas de Carlos Drumond de
Andrade, Fernando Sabino, entre outros.
Ao abrir o portão, o veículo estava em frente de casa e deu para ver uma caixa lotada de pintinhos coloridos, eram verde, azul e amarelo. A meninada voltava com suas mães para a casa com as aves piando nos braços.
Depois desta cena, vi que Drummond estava certo quando narrou em seu conto: “não virou galo, nem caiu na panela. No fim de três dias, piando e sentindo frio, o pinto morreu”.
Voltei para casa e liguei a TV, e o noticiário dizia que o Brasil, será campeão em exportações na área da agricultura, de carne e de frango. Frango! Pensei: “olha o penoso aí novamente!”.
Mas isto só vai acontecer, desde que os pintos cresçam, não sejam coloridos, nem trocados por garrafas ou virem enfeites de mesa, mas que sejam a razão de estarem à mesa para serem comidos.
Já perdi as contas... dos dias, da casa...
washed hands
I know that I learned to thank; It is not what it looks like, or what it might be; I have always forgiven myself for my invented truths; I now recognize, those acts, those blunders; Today I am so sure, I will tell you; I don't know how I'm going to tell you; Today my hands are washed. My sins were forgiven. Today I am so sure I will tell you; My forgiveness did not make it happen; It was a lot of pretension: To be a creator and forgiver of my path; Who gave rise to my thanks?; The answer comes from heaven and not in my view; God saved me and this I have to say: It was for the cross, for life and for the freedom to live.