Tiririca: a campanha mais consciente

Logo no primeiro dia de campanha eleitoral após a Copa do Mundo, estava andando pela Avenida Cupecê, na zona sul de São Paulo e, levo um susto danado: eis que vejo Tiririca em um carro de som, e acompanhando-o estavam uns 10 palhaços distribuindo santinhos. Na avenida e no trânsito todos riam e diziam: que baita palhaçada!

Dias se passaram e a campanha da televisão começou e eis que vejo o palhaço novamente na telinha e ele pergunta: “O que é que faz um deputado federal? E responde: “Vote em mim que eu conto”. Depois ele dispara: “Vote no Tiririca, pior do está não fica”. Já é sucesso!

Se o governo Lula tem o apoio de todos, o mesmo não acontece com o nosso Legislativo. Com dezenas de casos de corrupção, leis que favorecem a si próprios, casos de propinas, censura à imprensa, nomeação de parentes, entre outros, fazem com que os deputados, senadores e os vereadores sejam vistos de forma pejorativa.

Há muito a população se sente ofendida com leis como o “auxílio paletó”, leis que proíbem bailes funk e dezenas de outras que faz com que as pessoas se sintam como palhaços. Aí surge um cara que literalmente é um palhaço.

E agora? Com certeza, o voto de protesto da população poderá refletir na eleição Tiririca aí o circo estará completo. Mas uma coisa essa eleição deixará de alerta: Tiririca, o nome artístico do desconhecido Francisco Everardo Oliveira Silva que poderá ocupar uma cadeira de deputado federal. Sua fala na TV é a mais consciente, porém quem deverá assumir o posto caso eleito? O Tiririca ou o Francisco? Qualquer um que seja eleito uma coisa é certa: continuaremos a ser palhaços.

Bienal do livro... O coisa divertida!

Depois de dois anos, eis que chega a Bienal do Livro. Na escola, na faculdade só se fala nisso. E, como todas as pessoas normais com pretensões de aparentar uma pessoa (o)culta, resolvi visitar o local e achei muito divertido.

Para começar fui no penúltimo dia à tarde. Resolvi ir de metrô, pois descobri que o estacionamento era R$ 25 pilas. Ao descer na estação Tietê a diversão começava. A fila tinha pelo menos umas mil pessoas na minha frente para pegar um ônibus free... Era gente pra caramba que estavam se divertindo também. Sabendo que poderia demorar umas duas ou três horas para pegar o coletivo de graça, resolvi me divertir indo a pé até o Anhembi.

Acho que umas 50 ou 100 pessoas pensaram em se divertir comigo e fomos em uma verdadeira procissão... Foi muito divertido mesmo caminhar no sol e a temperatura estava muito agradável, por volta de 25 ou 30 graus de calor.

Ao chegar lá, depois de uns 20 minutos, descobrimos que a bilheteria estava fechada por excesso de gente, que também estavam se divertindo muito. Então resolveram deixar uma multidão de pessoas ao sol, um calor danado, esperando por cerca de 15 minutos até as bilheterias fossem liberadas novamente para a diversão da galera.

Depois de chegar mais gente querendo se divertir também resolveram liberar as bilheterias para ficarmos mais uns 15 minutos para comprar o bilhete da diversão, pois tinha esquecido credencial, holerite que dariam a mim o direito de entrar direto e de graça... mas pelo menos, consegui pagar meia entrada como estudante... R$ 5, conto (eeeeee....) E peguei mais uma filinha das catracas, mas esta até que foi rapidinho.

Logo de cara uma multidão danada se divertindo. Era gente, gente, gente... Fui logo na rua B, era o verdadeiro alfabeto de ruas e cruzamentos... na verdade era uma sopa de letras, eu entrei na rua B, sai na rua C na esquina com a F, de repente já estava na Z e descobri que não tinha andado nem a metade depois de duas horas e meia. Foi muito divertido.

Ah! Comprei algumas coisas. Via um monte de livros (todos caros) acho que nas livrarias ou na Internet estariam até mais baratos, mas o que eu achei interessante foram os livrinhos de terror.

Um monte de livros de dráculas, vampiros.... Coisas que antes eram para dar medo, hoje é tema de romances, mas no sentido real da palavra, não o literário. Porém, contudo e, entretanto, eis que vejo uma fila gigantesca, era de um cara que escreveu um livro chamado "A batalha do apocalipse" e também descobri que era um brasileiro, e descobri também que o livro tinha 600 páginas, e descobri também que estava em oferta... Tinha pelo menos uns 50 teens aguardando na fila para pedir autógrafo do cara, coisa bem divertida.

E... Eu resolvi fazer parte daquela diversão, e acabei comprando o livro. Voltei para casa depois de tanta diversão.

Nunca me diverti tanto assim em uma bienal... Até comprei um livro de histórias fantásticas para fazer parte das verdadeiras histórias de diversão... A leitura, mesmo que seja de vampiros.

Ontem fez um ano do meu aniversário de 2009

Parabéns para eu

Ontem fez um ano que fiz aniversário! Adoro congratular aniversariantes, mas também é bom sercongratulado. Ontem quando completou um ano do meu aniversário, foi um dia especial para reflexão, acho que todos os dias deveriam ser assim.
A maior surpresa, diferente do ano passado, quando recebi centenas de congratulações, mas não de amigos, mas sim de corporações, como bancos, farmárcias, políticos em geral, que me enviaram correspondências me parabenizando. Este ano, pelo contrário não recebi nada disso. Porém, recebi telefonemas e mensagens calorosas de vários amigos.
Até os garços de um restaurante se juntaram para baterem palmas por fazer um ano após o meu aniversário.
Isso significa que o mês 8 está acabando, falatam apenas 8 dias para o fim do mês, como diria a dignissíma Paula Toller.

Agosto, mês de reflexão


Agosto para mim tem um significado muito importante, talvez seja por isso que não tive ânimo de postar nada até o momento. Mês de aniversário e também que no passado aconteceram fatos marcantes.

Simbolo da Copa: coisa de outro mundo

A Copa do Mundo no Brasil em 2014 já começou mal. Para começar o simbolo da Copa é horrível, ops! quer dizer! Terrível! de um péssimo gosto. Isso traz energias negativas, se esse simbolo continuar...
Para começar, quando acontece algo triste, qual é a primeira coisa que o ser humano faz? É colocar as mãos na cabeça. Pois é! Se não for isso, quem criou este simbolo foi o Chico Xavier.

Dentro da loja, os ossos

A porta desceu de repente e todos ficaram presos no local. As luzes estavam acesas, porém era preciso abrir a porta o mais rápido possível, caso contrário algo poderia acontecer naquele ambiente. Algumas pessoas já me notavam e me olhavam com certo ar de desconfiamento.
Eu também fico desconfiado de lugares apertados e de gente desconhecida, fico impaciente e chego a tremer os dentes.
Ao lado da mesa havia uma lata de lixo e logo ali no chão estavam lá... Dois ossos. O cheiro estava convidativo. O botão foi apertado por um homem e a porta foi se levantando bem lentamente. Ela mal se ergueu e as pessoas já iam saindo. Aproveitei a oportunidade e com quatro passos bem rápidos peguei os ossos de uma só vez.
Fui advertido pela Ruth, mas já era muito tarde para ela, pois já estavam no meu estômago. Ela então puxou minha coleira e seguimos a multidão. Na minha frente via apenas os pés, e as sacolas, e Ruth me puxava agora com mais força, algumas pessoas se afastavam de mim. "Ele não morde", dizia. Enfim, para mim restou os ossos. Adoro isso.

Capas de discos curiosas


Eu não gosto do bom gosto


Poesia, música, mixagem, remixagem, colagem, talvez seja tudo isso. Na verdade o “bom gosto” é algo bem pessoal e particular. O que é bom para uns, pode não ser para outros, porém o “bom gosto” alcança o consciente coletivo imposto pela sociedade, como andar, como vestir, etc. Ás vezes isso é tedioso, por isso, às vezes eu não gosto do bom gosto.

By Sérgio e me, myself and I

O homem é mau por natureza e a sociedade o absolve

Todos os anos alguns casos de polícia ganham as páginas policiais, como a morte do menino João Hélio, o caso Eloá, a morte de Isabella Nardoni, e agora o caso Bruno e sua amante Eliza Samudio e da morte da advogada Mércia e da professora Telma, encontrada soterrada em uma praia no Paraná. Lembrando que esses casos ganharam destaque na imprensa, pois casos semelhantes explodem nos Boletins de Ocorrência das delegacias do país. Todos estes casos contêm elementos de pura maldade. Como um ser racional como o homem é capaz de cometer tais atos.

Segundo Rousseau, o homem é bom, a sociedade o corrompe. Como a sociedade que é composta por pessoas “boas” são capazes de corromper um indivíduo? Ora, se o ser é bom por natureza, deveria conservar suas virtudes ao invés de trocá-las pelos vícios e pela prática da maldade produzida por essa dita "sociedade", que é formada justamente por outros seres "bons por natureza", ou será que o homem é bom até conhecer outro?

Para Kant o homem não é bom nem mau, pois não é um ser moral por natureza, por isso é o único ser que precisa ser educado. Então por isso, o homem torna-se moral quando a sua razão vai até conhecer os conceitos do dever e da lei.

Estas maldades comprovam que o homem é ruim por natureza e deve ser vigiado constantemente. Os valores impostos pela sociedade são recheados de moralidade, imposta pela religião, mas a ainda assim confronta-se com uma sociedade que anseia pelo consumo. Consumo de tudo, de bens materiais e até em “bens humanos”, onde o homem consume o próprio homem, através da corrupção, prostituição, chantagens e vantagens de qualquer tipo, onde o antropofagismo fica inserido no cerne humano.

Desta forma, esta sociedade que é culpada por tais crimes, luta pela condenação dos destes “culpados” e, ao mesmo tempo tenta, através das leis a absolvição dos mesmos. Porém a opinião pública desta sociedade já fez o julgamento condenando todos os envolvidos e transforma tudo em um balaio de gato.

Na verdade, o homem é mau em sua natureza humana e ao mesmo tempo, bom, em sua natureza divina. A herança genética do ser humano é o amor e a bondade de seu criador.

Serra Negra: Uma cidade de prazer

Tive o prazer de conhecer a cidade de Serra Negra, uma pequena cidade que faz parte do Circuito das Águas. Foi um final de semana de diversão. Taí um passeio imperdível.

O rádio

Acordei, liguei o rádio, tomei café, fui ao banheiro, tomei banho, fiz a barba, escovei os dentes, me troquei, peguei as chaves e desliguei o rádio. Abro o portão, abro a porta, liguei o rádio, dou marcha ré, fecho o portão, dirijo, para nos faróis, estaciono o carro e desligo o rádio. Cumprimento as pessoas, entro na sala, ligo o rádio, digito documentos, imprimo papéis, leio jornais, e desligo o rádio. Saio da sala, entro no carro, ligo o rádio, dirijo, estaciono na rua e desligo o rádio. Entro em um local, cumprimento as pessoas, e o rádio ligado, não escuto as vozes das pessoas, não escuto o rádio, ando pela calçada e entro no carro e ligo o rádio. Dirijo novamente e estaciono na garagem, chego em casa e me desligo.

Paraty é paramim e paranós...

Quando fui convidado a ir até Paraty no festival de jazz que rolava por lá pensei: putz! Vai ser cansativo, principalmente em uma viagem tão curta... Mas topei a parada. Às 8h da manhã peguei a Rio-Santos e... Pé no chinelo. Nunca tinha pego tal estrada e aos poucos a natureza foi se revelando pelo caminho. Paisagens paradisíacas, montanhas, praias, cachoeiras aos poucos iam se revelando... E, pé no chinelo...

Fomos informados que a viagem teria apenas 3 horas, puro engano, o ponteiro da minha ansiedade já contava 3 horas de viagem e estávamos ainda na metade. Ao passar por São Sebastião foi um relax total, praia de Baraqueçaba... O que é isso? Que lugar é aquele? Muito bonito... Mas para frente, mais e mais praias... Só uma coisa é para se observar... Não há “proletariados” no local. Pelas ruas carrões... Nas praias surfistas, burguesinhas, playboys usufruíam algo que é público, porém poucos têm acesso. Questões sociais de lado, seguíamos pela Rio-Santos até Ubatuba e apreciar as paisagens é completamente relaxante.

Ao chegar em Paraty foi outro encantamento. Uma cidade que respira cultura, pessoas do mundo inteiro se aglomeram para ver e apreciar jazz. Nos bares, rock and roll, com boa comida e uma gelada ao lado. Paraty é paramim, ou seja é pranós... Que venha o FLIP!

A invenção do Dorímetro e fim da História.

Em pleno 13 de Maio, em memória das vítimas da violência institucional e em homenagem a mais um negro humilhado pela PM na velha São Paulo.


Salloma salomão Jovino da Silva

Alguém certa vez, me perguntou sobre a dor, se não uma questão apenas de ponto de vista!? Essa noção absoluta de relatividade deve explicar um fato recente que surgiu na mídia. No primeiro momento pareceu tratar-se de uma fábula borgiana. Permitam-me contar...

Há tempos que uma equipe de renomados pesquisadores esta montando um aparelho que possa medir a dor. Inclusive já divulgaram que o tal equipamento será capaz de fazê-lo em caráter histórico e retroativo. Um chefe do laboratório deu uma entrevista muito esclarecedora para um famoso jornalista honesto, sustentando que quando o tal aparelho chamado “Dorímetro” estiver funcionando, vai ter fim esse papo de cota, reparação, escravidão, holocausto ou denúncia vazia de genocídio.

Segundo o Doutor Oto Krakauer, responsável pelas pesquisas, a partir de agora vai bastar medir a dor de cada pessoa, de cada nação, de cada civilização e comparar com outras amostras, para saber se “certas reivindicações” de reparação, justiça e equidade têm realmente fundamento ou não.

O objetivo principal daquele que já é considerado “o invento do século” é justamente a economia de tempo e papel que propiciará. O proeminente intelectual que é ao mesmo tempo o proprietário da empresa que fabricará o equipamento argumenta que “muito dinheiro será economizado em psicanalista, em pesquisa antropológica, arqueológica, filosófica e histórica." Sua ênfase recai principalmente nas duas últimas que, segundo o genial pesquisador, “nada produzem de útil mesmo”.

Observadores mais atentos dizem que no Brasil mundo acadêmico e científico está em verdadeira polvorosa. Corre a boca pequena que em alguns centros de pesquisa, especialmente em países em “vias de desenvolvimento” está em curso uma verdadeira corrida maluca em busca de aposentadoria, assim como das últimas bolsas de estudo disponíveis para essa área denominada Ciências Humanas.

Renomados cientistas sociais já se anteciparam e mandaram seus Currículos Lattes, com as devidas cartas de recomendações às ONGs de Empresas como Camargo Correia, Odebrecht, Banco Itaú, Unibanco, Andrade Gutiérrez, Natura, etc. Sob o risco de perder as verbas de pesquisa preferem vender seu requintado trabalho a quem pagar alguma do que, ter de lutar por uma maior democratização do ensino superior.

Mantendo o anonimato fala-se que estão pesarosos e dizendo adeus aos longos seminários internacionais as custa dos cofres público, aqueles pesquisadores que já conseguiram manter algum prestígio ou privilégio, obter ascensão ou lucro com monografias, dissertações ou teses, com questões que desafiam a compreensão do surgimento e desenvolvimento de certa humanidade. Nunca mais será possível um único centavo, para eternas elucubrações sobre colonialismo, imperialismo, hegemonia, escravismo, essencialismo, fenomenologia, existencialismo, revivalismo, religiosidade, cultura, civilização e outros tantos temas. Toda a economia de dinheiro que o uso do “Dorímetro” deverá ser redirecionada para pesquisas sobre as variantes das cefaléias e produção de novos medicamentos pra o cancro-mole.

Enquanto o invento não vem, vamos assistindo a dor ao lado, a dor alheira, nos corrompendo pela dor silenciosa das pequenas e imperceptíveis gentes, dorzinha gostosamente imensurável. A melhor dor é a nossa, porque é dor mesquinha e intransferível. É dor extremamente pessoal, de foro íntimo, ínfimo.

Essa dorzinha individualista não pode rimar com as músicas ritmadas que se espalharam pelas margens do Atlântico. Certamente o gemido dos torturados pelos americanos e ingleses não pode rimar com o soul de James Brown, é certo que não rima. Não podem rimar com cor tão branca e a voz tão negra do Rithm and blues de forte Amy Winehouse. Rajada de metralhadora não é rufo de caixa da bateria, bumbo não é bazuca, baqueta não é bala. Nossa vingança adormecida é resultado dessa dor. Ela resume-se na certeza de que quem atira mata, mas quem mata, mesmo inocentemente morre um pouco também.

Vimos pela internet em tempo real que os corpos despedaçados no Sudão e Nigéria, Kossovo e Bagdá depois de apresentados on-line, ficam meio escondidos em um ponto neutro da tela de LCD, permanecem lá por semanas aparentemente intacto, mas não sentimos o cheiro. Não sentimos o também parte de nós nos corpos que boiaram no Mississipi, nem na pólvora gasta com moradores de rua na zona norte de São Paulo. Não sentimos nada, nem mesmos a ação do tempo, nem do refluir da História. Somos mortos-vivos poderosos, cujos funerais têm que ser refeito todos os dias.

Muitos como eu adoram ver os roqueiros velhos, ver os cabelos brancos e as pelancas de homens vitoriosos cheios de medalhas e prestígio comprado na indústria de cosméticos. Com o passar do tempo virilidade torna-se apenas jogo de cena, só há sensualidade na língua, no farfalhar das notas verdes e no brilho das medalhas. Minha conclusão é que o envelhecimento humaniza, mas não salva, a morte ridiculariza e somente a dor é esclarecedora. Por tudo isso e, até que o Dorímetro seja colocado em funcionamento, devemos incentivar os jovens de ambos os sexos para que memorizem o maior numero possível de datas e nomes de lugares e pessoas.

Salloma Salomão Jovino da Silva é Doutor em História pela PUC-SP e Professor de História da África e Cultura Afro- Brasileira da F.S.A.

Insuma, isto é rock’n’ roll

O último dia 24 de abril vai ficar marcado no cenário da música alternativa brasileira, quando cinco garotos da banda Insuma subiram ao palco de uma das casas mais importantes para o rock and roll alternativa, o Clube Outs, onde lançaram o primeiro CD “O dia de amanhã”. Com um ritmo empolgante e guitarras vicerais, o grupo tem uma identidade própria, conquistada em seis anos de estrada se apresentando nas casas mais importantes do rock alternativo como: Hangar 110, Black Jack, Club Outs, Tribe House, Volkana, Black More, Fofinho entre outras.
Os integrantes do grupo, possuem diferentes influências e opiniões que resultam em melodias bem trabalhadas e solos marcantes. A principal influência da banda é do grupo Dead Fish e se espelham em grupos como Nxzero, Gloria, Houdini, Garage Fuzz e Sugar Kane. Além disso, o grupo já tem um fã clube no Orkut com seus seguidores fieis.

Inicio - A banda começou no colégio São Francisco na zona sul de São Paulo, onde tocava em saraus e festas escolares desde 2000. Em 2006 o grupo ganhou uma identidade sonora tocando em festivais e várias casas noturnas e desde então começaram a compor seu próprio repertório. O CD ficou pronto em 2009 após três anos de ensaio, shows, e muito trabalho.

O grupo é formado por Dan, voz;Felix, guitarra e voz; Sina, baixo; Cabeça, guitarra e Chitão, bateria. Para mais informações sobre o Insuma, basta acessar o site www.myspace/bandainsuma. O contato para shows é pelo telefone 8643-8090 ou 8066-5304 , com Danilo ou Bruno.

Karen, uma história

Só no verão você voltou
Tantos nomes que nem decorou
Um belo passado não iria encontrar
O passado existe? Você se pergunta.

Você resolveu voltar para o lar
Um novo futuro brilhando em seu rosto
Você sabe. Vai ser difícil reconciliar
Saindo da morte, saindo da vida

Você bateu na porta
Ninguém a abriu e começou a chorar
E queria agora e para sempre estar morta
As lágrimas caíram, e ao céu indagou:

Por quê o céu é frio quando estou quente?

Palavras ao lixo em um segundo
A solidão ocupava sua mente
E sua alma se afastava deste mundo
Karen, Karen, repetia seu nome

Sorriu ao céu com ironia
Um homem a olhou e a desprezou
Continuou a sorrir e se desprezou
Sentou-se no chão
Começou a preparar mais uma dose
Misturadas com suas lágrimas fumou, bebeu...
E soluçando, esperou sua cura...

Zensor 20 anos: uma festa só para quem conhece


por Sylvio Micelli

Na última sexta, 16 de abril, em São Paulo, aliás, em plena Rua Augusta no Inferno Club aconteceu a festa de 20 anos do programa de rádio “Zensor”. Hum… Rua Augusta e Inferno já eram o prenúncio de bons ventos…

Muitos hão de perguntar: festa de um programa de rádio???? ‘Ganha camiseta, ganha prêmio, ganha ingresso????’ Calma pessoal que eu explico.

Hoje, com tecnologia reinante de redes sociais e “cloud computing” tudo fica muito mais fácil. Alguns cliques e pronto. Você descobre um mundo novo a cada página que carrega no seu browser.

Tudo era muito diferente em 1990. Por sinal, outro dia. (Recuso a considerar-me velho…)
Pois bem. Entre 1990 e 1994, o DJ e jornalista Eneas Neto levou para a extinta rádio 97 FM (quando esta era no ABC e tocava rock de qualidade) uma proposta não apenas inovadora mas, principalmente, ousada. Criou o “Zensor”, um programa cujo maior trunfo era divulgar a Eletro Body Music (EBM), além de lançar tantas outras coisas, sempre no campo alternativo, digamos, in extremis.

Eneas logrou êxito. O programa permaneceu cult e foi tão inovador à sua época que, se fosse resgatado hoje, 20 anos depois, deixaria muita gente de queixo caído.

“Zensor” era parada obrigatória para quem curtia e curte um som baseado em teclados e sintetizadores, cujas letras falam, em sua imensa maioria, de problemas existencias sempre recheadas por uma aura densa, pesada e raivosa. O horário do programa era maravilhoso. Sábado, início da noite. Hora de se preparar para a balada de nossa turma que frequentava Madame Satã, Retrô, Cais, Hoellisch e tantas outras casas que sobrevivem em nossas retinas e pensamentos.

No país que hoje é do “Rebolation”, que já foi do “Tchan” e que outrora era da lambada, ouvir coisas assim, inovadoras é privilégio de poucos. Quem esteve lá na sexta, sabe do que estou falando. Quem conhece e não foi, perdeu.

Front 242, Nitzer Ebb, Neon Judgement, Tribantura, Vomito Negro, Clock DVA e tantas outras bandas desconhecidas do mainstream grudento das rádios brasileiras provaram que permanecem inspiradoras para os próximos 50 anos. Quiçá, eternas!

Vida longa ao Eneas. Vida longa ao “Zensor”. Vida longa à EBM. E se não for pedir demais, vida longa a mim. Afinal, como já ensinou Front 242, “the way the morning broke was quite unusual.”

vídeo: friends in four years...

Nos últimos quatro anos aconteceram muitas e muitas coisas, muitas diversões que não foram registradas, porém aqui estão algumas.

A barata

Tudo aconteceu naquela noite. Os desejos estavam no esgoto. Foi quando uma música invadiu o ouvido. Era um blues. O pé da mesa não dava equilíbrio ao copo que teimava em derrubar a vodka. E já era a quarta dose. As pessoas a olhavam meio que... Cismadas com algo e podiam questionar: “Como uma mulher tem coragem de ficar sozinha neste lugar”. Não ligava. Assédio era constante. “Posso sentar com você?” “Não!”. Respostas secas sem pensar, magoar ou não, tanto faz. Se distraia olhando os quatro cantos da parede. Arquitetura rústica, vidros, quadros, garrafas, aquários com cobras mortas. Gostava do barulho... Risadas, cochichos, gargalhadas, conversas sobre amantes, conversas sobre amores, conversas sobre futebol, conversas sobre política, discussões e falações. Em um momento seu olhar se prende a uma barata que estava no corredor esquerdo, próximo do banheiro. No meio da multidão, ela conseguiu passar sem ser notada. Nem um pisão. Neste momento sua mente volta para a realidade. Lembrou de quanto estava apaixonada e como aquela morte foi tão estúpida. A barata começou a andar em sua direção, e começou a sorrir sem saber o motivo. No mesmo instante o sorriso desapareceu. Chorou. Ao secar uma gota. Respirou. Ao abrir os olhos a barata estava em cima da mesa. Bebeu o que faltava. Lembrou da cena do assassinato. A barata continuava parada em cima da mesa. Já estava sozinha. Chorou novamente. Levantou da mesa derrubando o inseto sem querer. Neste momento um pé a esmaga. Enxugou uma gota de lágrima discretamente com sua unha e saiu do local discretamente como uma barata.

Cadê?

Cadê minha senha do banco que tinha anotado em um papel e deixei na carteira, porém eu não a encontro? Cadê minha caneta que comprei na semana passada e estava dentro do livro e já não está mais? Cadê minha chave do portão que nunca acho e sempre tenho que ficar tocando a campanhia para que alguém possa me receber? Cadê minha camisa que ganhei de aniversário e já não sei onde está? Cadê o controle remoto da televisão que estava em cima do sofá? Cadê aquele CD que comprei no ano passado e não sei pra quem emprestei? Cadê aquele boné que minha mãe me deu quando viajei e já não sei onde está? Cadê aquela cueca preta de cetim que ganhei e já não a acho na gaveta? Cadê aquele livro do Drummond que estava na estante e já não está mais? Cadê aquele DVD do The Cure que tinha comprado há três anos e já não o encontro? Cadê aquele vinho chileno que comprei no Carrefour no ano passado e guardei, porém sumiu? Cadê aquela gravata que combinava com o meu terno preto que estava no guarda-roupa? Cadê o meu chinelo que comprei em Minas Gerais, vivo descalço? Cadê aquele fone de ouvido do iPod que não o encontro? Cadê aquela agenda de anotações com o telefone dela? Cadê a coleira do cachorro, para levá-lo para passear? Cadê os meus óculos que sempre procuro e ás vezes os encontro no rosto? Cadê o cadarço do tênis? Cadê a chave do carro? Cadê o par da meia? Cadê a moeda para comprar pão? Cadê o relógio... Cadê as minhas horas... Cadê você... Cadê eu...

My Autobiography

Sérgio de Souza Pires
My father Sebastião Pires is from Minas Gerais and my mother Cimira de Souza, is from Bahia. They came in São Paulo in 60’s e they met. Two years later, after that, they got married. When I was a child, I was naughty by nature, like every little baby, I was cute, little bit fatty and narry. Must the time I used to play with my dog called “Pingo”.

I used to watch cartoons like “Os Flinstones” and to play soccer with my friends. I had a friend and he was older than us and sometimes he picked me up to go to Morumbi stadium. There a saw Palmeiras time, at this time I was 7 years old, and this repeated many times after that. My father sometimes picked me up to see soccer game too.

With 7 years l had my first girlfriend. Mayre was her name. One year after, I found my second girlfriend, called Sônia. But… I never kissed than and they never knew that they were my girlfriend. Well… Since I was a child a get so in love so easily. I know, this is funny, but is true. Well, at this time I was a shy guy and a started to use glasses, and I still use glasses and I am shy since this time.

V - A - Z - I - O

Sabe, de repente vem assim, um vazio. Aqueles dias que de tão cheio parece que acaba sem nada, sem novidades, sem uma boa conversa, sem bons lugares para ir, sem boas músicas para ouvir, pois todas parecem chatas. Ai penso: o chato sou eu.
Sabe, às vezes o dia é tão cheio... De coisas assim,tipo uma avenida sem farol vermelho, uma música legal no rádio, uma combinação de roupaa que escolheu às pressas e deu certo, um cd legal comprado em oferta, um bom dia de alguém com um sorriso alegre. Aí penso: que coisas pequenas.
Sabe, alguns dias dei tanta gargalhada, comprei sorvete de chocolate,tomei banho de chuva, brinquei com o cachorro no quintal por horas, briguei no telefone com uma pessoa do telemarketing de uma empresa qualquer, cumprimentei vários amigos e também fui cumprimentado. Ai pensei: foi um dia legal. Que tédio!
Aí penso: esse vazio que nos preenche faz parte de nossa essência.

Trilha pela mata fechada em Onça de Pitangui - MG

Foi uma aventura interessante pela mata fechada na cidade de Onça de Pitangui, bem no interior de Minas Gerais. Estávamos em três, contando comigo, o agrimensor e meu primo Zé. Passamos por lugares incríveis, com alguns rastros de animais como tamanduá, tatu, siriemas (as mais curiosas ficavam nos observando). Foram 4 horas de caminhada e tive muito medo, pois é uma região onde existem muita cascavel e jararaca. Ainda bem que não cruzei com nenhuma. Estas cobras só encontramos na cidade...







Aniversário: Malú

No último sábado foi aniversário da minha miga Malú. Porém, o bolo foi comido nesta segunda-feira... De chocolate... Uma delícia.

Um sábado: O amor acontece

Este sábado foi realmente longo, porém muito rico em acontecimentos. A começar com a aula do Marinho, na pós em Estudos linguisticos e literários. Foram duas coisas marcantes, a primeira sobre a poesia "Haikai" já tinha ouvido falar, mas nunca soube defini-la. Na sala uma aranha apareceu para assustar as meninas. Então saiu como improviso um Haikai:

Teia
A mão tateia
Um susto! A caminhar:
uma aranha sem teia

Em seguida as meninas apresentam um trabalho sobre verbetes (confesso que sempre pensei que fosse uma coisa bem chata), mas pelo contrário, sem perceber os verbetes estão em nosso dia a dia, basta vermos os recentes livros, como os almanaques ou mesmo o guia de discos, etc.

À tarde, na aula de literatura africana, teve uma palestra bem interessante com o professor e jornalista Daniel Medina, que contou um pouco da história de Cabo Verde, sua cultura, literatura etc.
Depois uma pausa para uma loira bem gelada, né (ninguém é de ferro).

À noite, ainda tinha mais surpresas, assisti ao filme "Amor Acontece" (Love Happens) e realmente é um filme bem legal, Sabe aqueles filmes que passam uma mensagem e quando acaba da vontade de sentar em algum lugar só para comentá-lo? Pois é. O Amor acontece é um desses filmes. Tem uma mensagem, apesar de ser clichê, previsível. Mas é bonito. E, por coincidência, o filme aborda um tema que vi em sala de aula: os verbetes.

Taí o trailler para dar uma checada. Êta sábado intenso...

O fim da música brasileira

Não. A MPB não está morta. Pelo que ouvimos nas rádios espalhadas pelo país a música brasileira é da pior qualidade. E isso é visível... Ops! Quer dizer, audível. Basta dar uma conferida nas 40 músicas mais ouvidas em todo o país. A mais rica cultura musical do mundo sobrevive nos guetos, nos bares, na cultura do povo brasileiro em todos os estados, porém ela está escondida, não é tocada nas rádios ou está nas estantes da população brasileira com o que já foi produzido.

O gosto duvidoso desta década é parecido com o que já aconteceu antes na época da lambada, pagode, axé, sertanejo, e agora piorou: misturam tudo... Nome de “artistas” como João Neto e Ferederico, Fernando e Sorocaba, entre outras duplas ditas caipiras. O pior é que o Brasil inteiro está ouvindo estas músicas.

Confiram os 20 primeiros segundo a revista Billboard do mês de janeiro.

1) Estrela Cadênte – Victor e Leo

2) Na base do beijo – Ivete Sangalo

3) As Mascaras – Claudia Leite

4) Voa Beija-flor – Jorge e Mateus

5) Flor do meu sertão – Leonardo

6) Amor não vai faltar – Bruno e Marrone

7) O povo fala – Zezé di Camargo e Luciano

8) To nem ai – Hugo Pena e Gabriel

9) Não valeu pra você – Eduardo Costa

10) O que combina com você – Zé Henrique e Gabriel

11) Reinventar – Belo

12) E daí? – Guilherme e Santiago

13) Sinais – Sorriso Maroto

14) Não tem pra ninguém – Jeito Moleque

15) Fui – Exaltasamba

16) Curtição – João Bosco e Vinicius

17) Meteoro – Luan Santan

18) E agora nós? – Sorriso Maroto

19) Fã – Christian & Cristiano

20) Tá esperando o quê? Sorriso Maroto

História Infantil: Sem asas para voar

Taí um clichezinho que fiz para dar rizada...

Por Sérgio Pires

Voava rumo ao centro e minhas asas já não eram as mesmas. Ao voar pela Avenida Paulista senti que estava contra o evento. Pousei. Lá na esquina com a Augusta vi algumas pessoas que tentavam erguer voo em um tempo tão ruim. Começava a chover.

Então decidi seguir os conselhos de Cecília. Em tempos de chuva é preciso voar por cima das nuvens. O problema seria como chegar até lá. Acho que não tinha forças o suficiente.

Ao meu redor algumas pessoas desistiram de voar e começavam a andar pela calçada. Segui a multidão enquanto a chuva aumentava ainda mais. Não tinha tempo de parar em algum local para me proteger, então resolvi arriscar a voar novamente, mesmo com uma das asas machucadas.

Aproveitei que ainda não estava trovejando e calculei o tempo. Acho que demoraria pelo menos uns cinco minutos para chegar no Departamento de Voo Humano. Onde estavam me esperando. Fica lá na região central, perto da Estação do metrô Santa Cecília.

Enquanto isso, Cecília me aguardava. A reunião estava prestes a começar. Caso não chegasse a tempo, poderíamos perder as asas. Foi isso que o secretário Gustavo comentou na carta. Tudo porque na última semana voamos por áreas onde o sistema não pode nos localizar, porém ao passar perto de uma torre, fui localizado, daí então começou uma perseguição. Descobrimos que aquela área teria que pagar pedágio das asas. “Ora, não pedi para nascer com asas”, disse ao policial. Porém ele retrucou: “Todos devem ter os mesmos direitos, pois tem gente que nasce sem asas. Daí, os que têm asas tem que pagar. Caso contrário elas serão amputadas”.

Amputadas! Nunca. Carregava o envelope do licenciamento das asas que é pago junto ao Departamento de Voo humano, todos os “asantes”, como são chamados os que têm asas, devem pagar, porém, muitos não têm dinheiro e acabam amputados e se tornam “andantes”, como a maioria.

Ao chegar no departamento, Cecília estava tremendo de medo, pois estávamos na frente do juiz e estavam me esperando com os comprovantes do licenciamento das nossas asas. Ao chegar, Cecília me vê e logo me abraça aliviada. Nosso filho Pedrinho sorri com minha chegada.

Ao entregar os documentos ao juiz, ele arregala os olhos, e diz: “Infelizmente vocês esqueceram de pagar o mês 3. Então serão punidos”. Cecília foi a primeira. Veio um oficial com uma ferramenta estranha, porém bem afiada. E de uma só vez decepou as suas duas asas. Eu fui logo em seguida. E, em menos de 1 minuto estávamos os dois sem as nossas asas. Cecília chorou.

Pedrinho apenas nos olhou e falou. Pai! Vocês agora estão que nem eu. Sem asas. Que nada muleke, agora é que vamos voar. Todos sorrimos.

Mc Donald's and the devil

Mc Donald's e o tridente do 'demo'. Taí, os caras são relamente criativos. Os marqueteiros da multinacional americana colocaram seus produtos expostos em outdoors, e colocaram um suporte bem em cima. Conforme o sol bate, forma-se no final o "M" simbolo do restaurante, porém, para os da "Teoria da Conspiração", trata-se do tridente do demoo....

É... As máquinas estão dominando tudo! Elas até sabem o nosso nome!

Olhem só que invençãozinha danada. Um aparelho que já interligado com o orkut, facebook... E é capaz de nos reconhecer. Ou seja, não podemos mais nos esconder de forma alguma... Elas estarão em todas as partes... É muito bom, porém dá um certo receio de pensar em como vai ser nos próximos 5, 10 ou 15 anos. Quem venham as machines! E o Exterminador também né!

música e imagens: Dead Can Dance

Music - Images...

Todas a música tem uma imagem... Algumas músicas tem muito mais imagens, além de sons... Algumas tem até cheiro... Sim! A música nos remete as lembranças e traz consigo seus odores, flagrâncias... Imagens... Vestígios... Reflexos...

Ahhh! Minas Gerais e suas poesias

Era para ser uma visita breve pelo interior de Minas Gerais, mas resolvi dar um pulo em BH para aproveitar o feriadão de carnaval. Aí fui dar um role de busão a R$ 2,30 a passagem e, para minha surpresa me deparei com algo bem inusitado. Nos ônibus de BH em todos os bancos estão penduradas poesias. Isso mesmo! Poesias. Elas estão disponíveis a todos os passageiros e estão presas a um elástico. Idéia fantástica que deveria ser copiada.


Sou sempre corrigido pelas máquinas ETs

Sabe! Todo mundo já levou bronca do pai, da mãe, do irmão, do vizinho, do professor, do tio, do supervisor, do chefe... Ufa! São tantas broncas que já levamos que já perdemos até a conta. Para alguns isso é normal, para outros é um absurdo e vê o caso como o “fim do mundo” e coisa e tal.

Mas ultimamente devo confessar que sou o mestre de ser corrigido em tudo que eu faço e o pior, é quem está me chamando atenção, pois não faz parte desse grupo de pessoas que citei, mas sim de ETs. Sim, sim, mas não são seres de outros planetas não! São elas: as máquinas.

Assim como no filme o Exterminador do Futuro, as máquinas estão me dominando e me corrigindo toda hora e me dando broncas. Ontem à tarde enfiei meu cartão na guela do banco 24 horas e ele me cuspiu de volta. Enfiei o danado de volta, e ele cuspiu o cartão novamente e ainda soou uma espécie de campanhia... Na tela a mensagem: “cartão inválido”. A danada da máquina até que é educada, pois logo em seguida me disse em letras cinzas na tela: “Favor inserir um cartão válido”. Só então percebi que realmente estava com o cartão de outro banco.

Na sequência dos botões, cada aperto de um número, tem um som especifico, um verdadeiro “gênius”. A apertar um botão errado, a máquina literalmente “berrou”, fez um som bem alto, tipo me dizendo: “o idiota! Não é este botão”. Enfim, no final deu tudo certo. Mas ela, a máquina me esculachou de verdade. Saí da cabine assim, meio disfarçando e sem graça, pois o próximo a usar a tal máquina já confabulava uma conspiração da minha santa ignorância com a fila toda.

Então chego em casa e ligo a televisão. Depois pego o outro controle e ligo a TV a cabo. Depois pego o outro controle e ligo as caixas acústicas. Depois tento escolher um canal. Mas não está na maldita TV a cabo. Então procuro o outro controle da televisão que a estas alturas já não sei mais onde coloquei. Acho o maldito, esqueço sempre de como devo manter a TV, para que o canal do cabo funcione. Consigo. Com apenas um controle nas mãos, fico a zapear... Enfim, vejo uma programação legal. Aperto o botão. E, levo uma bronca novamente. “Canal não autorizado”. Que merda! Mudo novamente e: “Canal não autorizado”. Aí lembro. Pacote básico. Levo bronca até da televisão!

Fui entrar no carro, o carro apita, me avisando que não a fechei corretamente; vou jogar vídeo game, e sempre uma mensagem estúpida me diz que teclei um botão errado; passo por um posto de gasolina e penso: ah! Tem gasolina pra caramba! Uma quadra adiante ascende o painel e diz que o tanque está na reserva e retorno são cinco quadras adiante com pelo menos 8 semáforos.

Sem falar do computador, que me corrige a todo o momento. Somente neste texto idiota, veio um clipe estúpido andando de bicicleta me chamando a atenção umas 10 vezes. Tanto que tive que deletar o maldito.

O pinto e a garrafa

Certo dia resolvi limpar um porão que existe em casa. Olhei para uma estante cheia de bugigangas e comecei a limpeza. De repente achei um caderno especial da morte de Jânio Quadros, quando era estudante não sei de que série; encartes dos ingressos do Rock in Rio II e da Legião Urbana, shows de rock e o mais curioso foi um livro velho “Para Gostar de Ler – Volume I”, que contém crônicas de Carlos Drumond de Andrade, Fernando Sabino, entre outros.

Comecei a ler alguns contos, como “O Pintinho” de Carlos Drummond, a história narra a celebração de um aniversário, no qual a decoração eram pintinhos sobre a mesa. Subitamente ouvi um barulho na rua, era o carro do garrafeiro, o cara dentro do veículo gritava com um alto falante: “Troco garrafas e panelas velhas por pintinhos”. Não acreditei na coincidência e fui até a rua, juntamente com a euforia das crianças, que desfalcavam a cozinha das mães em troca dos bichinhos. Quando cheguei no local, vi uma caixa lotada de pintinhos coloridos, eram verde, azul e amarelo. A meninada voltava para a casa com as aves piando nos braços.

Segui o filho do meu vizinho e eis que o bichinho estava sob tinta verde em cima do sofá e a criança tentava alimentá-lo com migalhas de pão. Vi que Drummond estava certo quando narrou em seu conto: “não virou galo, nem caiu na panela. No fim de três dias, piando e sentindo frio, o pinto morreu”. Voltei para casa e liguei a TV, e o noticiário dizia que o nosso presidente Lula quer fazer com que o Brasil, seja campeão em exportações na área da agricultura, de carne e de frango. Frango! Pensei: “olha o penoso aí novamente!”. O presidente estará certo, desde que os pintos cresçam, não sejam coloridos, nem trocados por garrafas ou virem enfeites de mesa, mas que sejam a razão de estarem à mesa para serem comidos.

Quem quer vai comprar!

Estes dias estava no ônibus indo para o centro de São Paulo, em determinado ponto, subiu um vendedor de chocolates e sem pedir licença, jogou o choquito no meu colo, assim como nos demais passageiros. Depois foi para frente do coletivo e discursou: “ Senhoras e senhores, sou um desempregado, e gostaria que me ajudassem adquirindo estas guloseimas por R$ 1,00”. Em seguida conseguiu vender 1 ou 2 chocolates e se mandou.

No ponto seguinte veio um vendedor de caneta, depois veio um cara que vendia biscoito, seguido por outro que estava vendendo revistinhas para crianças e logo na seqüência chegou um vendedor vestido de palhaço oferecendo balas. Depois disso pensei que estava realmente em um circo gratuito rumo ao centro. Teve passageiro que saiu com as mãos carregadas de canetas, balas, bombons...

Ao chegar no meu destino, comecei a andar pela rua 24 de Maio e os camelôs me ofereciam calças, meias, camisetas... Em seguida me dirigi até a avenida Ipiranga, lá tinha outros tipos de vendedores e me ofereciam serviços: “foto, foto, tire sua foto! Exame de vista, exame de vista! Na rua Santa Efigênia, é pior, lá não se pode nem andar no meio de tanta gente. Mas entrei na loja de informática e sem que ninguém me atendesse, fui direto ao balconista e pedi: “quero um pente de memória para computador. Paguei e vim embora.

Mal chego em casa, e a campanhia toca, vou atender e quem era? Um vendedor de filtro de água. “Muito obrigado, hoje não!”

O povo é rato

O rato é um bicho nojento que devemos combater, traz inúmeras doenças, mas a mídia e algumas empresas multinacionais talvez não pensem desta forma, pois existem vários personagens com o formato destes roedores. Talvez, exista uma comparação entre o "povo" proletariado com esses bichos que vivem à margem de todo o reino animal na visão humana. Nos desenhos animados existem inúmeros personagens como: Mickey Mouse, Ligeirinho, Super Mouse, Tom e "Jerry" , Bernardo e Bianca, Topo Gigio, Stwart Litle, entre outros.

Quem conhece o apresentador Roberto Carlos Massa?, ninguém, mas o seu apelido "ratinho" o transformou em um dos mais importantes homens do meio de comunicação brasileira.

A Folha de São de São Paulo já alguns anos tem como mascote um rato para vender anúncios classificados. O Banco Bradesco tem o "Chip", mais um ratinho simpático para agradar o gosto da população. Os ratos não só invadem a mídia, mas aparecem também em nomes de bandas musicais, e até mesmo marca de roupas.

Gostaria de saber por que nós nos identificamos com os "ratos". Talvez porque a população mais carente vive nos escombros, moram em lugares difíceis de se viver e a luta pela sobrevivência em busca do alimento e do bem estar social é intensa. Os ratos são sempre perseguidos e comparando com os seres humanos, a ratoeira da vida é o desemprego, fome miséria que nenhum político será capaz de resolver.

Avatar e suas mensagens

O filme de James Cameron Avatar talvez receba várias estatuetas do Oscar e com certa razão. Avatar não é um simples filme, pois é cheio de mensagens. A começar pelo personagem principal, Jake Sully, um cadeirante. Daí, o filme já aborda a inclusão social. Aborda ainda ecologia, espiritualidade, pró-atividades e liderança.

O filme trata os desafios da sociedade atual se livrar da ideologia “homem-dinheiro” e através de um roteiro envolvente e com efeitos especiais que entraram para a história, principalmente em 3D, faz com haja uma interação entre a tela e os espectadores.

No filme, o homem não é a vitima, mas sim o causador dos males quando invade Pandora, um planeta que aparentemente é povoado por um povo primitivo. Assim como na mitologia grega quando Pandora abre a caixa de Epimeteu e saem todos os males e, quando ela fecha, resta apenas a esperança.

No filme é igual, uma mulher nativa, se apaixona pelo avatar do humano Jake Sully, daí então começam os males naquele planeta, restando a esperança de um novo mundo. A mesma analogia bíblica de Eva eAdão, onde Eva dá a maçã ao homem.

Mas Avatar vai ainda mais longe quando trata da espiritualidade, pois há uma interação entre homem-natureza-sagrado. Sem falar em religião, Cameron trata do sagrado como uma forma permanente de contato com Deus, que é uma das razões da manutenção da espécie.

É um filme que, quando acaba, você tem preguiça de levantar da cadeira, mesmo após quase 3 horas de filme. E, quando nos levantamos, estamos mais leves.

Metallica: encantamento da música

Ainda em dezembro tinha duvidas se comprava ou não o ingresso para ver o show do Metallica em São Paulo. Tentei comprar para o sábado (30) sem sucesso, desisti. Depois pensei: “vou tentar de novo”. Desta vez para o show de domingo. Deu certo.

Estava em Minas Gerais e no sábado, dia do primeiro show, estava retornando a São Paulo, quando o ônibus para em Extrema (cidade do sul de Minas), lá dezenas de caravanas com centenas de jovens de todas as idades, estavam retornando a Minas depois de assistir a primeira apresentação da banda em São Paulo. “Foi emocionante” disse um fã encantado mesmo depois de horas após o show.

Ao chegar em Sampa, já me preparava para ver o espetáculo, meio preocupado com o clássico Corinthians e Palmeiras, então resolvo deixar o futebol de lado, afinal, domingo era dia de rock. Às 17h vou a casa do amigo Wilson, que também ia ao show junto com o filho Joe Hetfield (nome em homenagem ao volcalista do Metallica) que ia assistir a um show pela primeira vez. Saímos às 17h30 e chegamos no estádio do Morumbi às 18h10.

Às 19h entro no estádio e no mesmo momento sobe ao palco a banda Sepultura. Nesta hora caia uma garoa fina e o grupo manda bem. Em 40 minutos o Sepultura faz com que os aproximadamente 60 mil pessoas gritassem o nome da banda e ao final do show os refletores do Morumbi ficam acessos.

Logo em seguida os instrumentos da banda da noite começam a ser afinados e exatamente às 20h55 as luzes se apagam e no telão aparece a cena de um filme de faroeste.

Show – Logo na sequência do vídeo o espetáculo começa a encantar a todos,as imagens desaparecem e começam os riffs da primeira música "Crepping death"... Caracas! Teve gente que exclamou: “Já valeu o show”. Logo em seguida "Ride the Lightning" e "Fuel", depois "Sad but True" e "Unforgiven". Depois veio o pertado "That was Just your life", do album novo, seguida por "The End of the Line", também do disco novo. Para acalmar os ânimos tocaram “Welcome Home (Sanitarium)", depois a porrada “Cyanide” também do úiltimo CD. No final do show, o povo pedia "Seek and Destroy", que foi tocada no Bis. Memorável. Sem comentar as perfomaces dos quatro veteranos do rock.
Na saída do estádio, junto com Wilson e o Joe (que estava completamente estasiado) estávamos com um sorriso perto das orelhas, cometamos: PQP, valeu apena esperar. Eu ainda pensei: Se tivesse conseguido comprar o ingresso no sábado, voltaria no domingo, com certeza!

Veja o set list do show do dia 31
Creeping Death
Ride the Lightning
Fuel
Sad but True
Unforgiven
That was Just your Life
The End of the Line
Welcome Home (Sanitarium)
Cyanide
My Apocalypse
One
Master of Puppets
Fight Fire with Fire
Nothing Else Matters
Enter Sandman
Bis
Helpless (cover de Diamond Head)
Hit the Light
Seek & Destroy

Um pé sobre os escombros, caos e o entretenimento da informação

O mundo sempre esteve em desordem, desde que o mundo é mundo, ou virou mundo, ou desde o princípio, a terra sempre foi um caos. O desequilibrio acontece através de guerras, destruição da natureza e catástrofes naturais.


Se não bastasse isso o homem acelera todo este processo destruindo nossos bens naturiais em troca de valores, comércio, lucro e desencadeia as desigualdades sociais.

Todo este caos chega até nós através dos meios de comunicação e, nos programas de televisão os apelos comerciais às vezes são maiores que o próprio programa principal. O jornalismo mistura informação-entretenimento.

O excesso de desgraças alheias faz misturar a ficção com a realidade dentro da televisão. E aí parece até normal assistir o sofrimento do outro que é vitima do caos, como uma mãe que perdeu o filho baleado, ou um grupo de amigos que foram soterrados na virada do ano... Depois do jornal vem um filme, onde o policial, prende o bandido, o vilão. E lá estabelece a ordem do “caos fictício”.

No terremoto no Haiti um pé me chamou atenção. Apenas um pé o corpo estava soterrado. A pessoa não existia, apenas um pé de uma criança inerte naquela situação. Por dois dias esta imagem era reprisada, até que mostraram o resgate daquele pezinho que se transformou em uma menina de 11 anos. Neste momento sim, me emocionei, e percebi algo diferente na cobertura da catástrofe no Haiti. A comoção. Em meio as desgraças que assolam aquele país a regra da cobertura já é não ter regras, pois o caos, o desequilíbrio está em tudo.

Responder quem será o super herói para estabelecer a ordem naquele país, não sabemos, mas temos certeza de uma coisa: nesta hora é preciso união para tentar arrumar o caos.

às vezes eu...


Às vezes pego pesado













às vezes comemoro com amigos

Às vezes danço... anos 70.
 às vezes corro, de tudo e de todos...

às vezes... Criança

Eu não gosto do bom gosto

Bom gosto


Eu não gosto do bom gosto

Eu não gosto de bom senso

Eu não gosto de bons modos

Não gosto

Eu aguento até rigores

Eu não tenho pena dos traídos

Eu hospedo infratores e banidos

Eu respeito conveniências

Eu não ligo pra conchavos

Eu suporto aparências

Eu não gosto de maus tratos

Mas o que eu não gosto é do bom gosto

Eu não gosto de bom senso

Eu não gosto de bons modos

Não gosto

Eu aguento até os modernos

E seus segundos cadernos

Eu aguento até os caretas

E suas verdades perfeitas

O que eu não gosto é do bom gosto

Eu não gosto de bom senso

Eu não gosto de bons modos

Não gosto

Eu aguento até as estrelas

Eu não julgo a competência

Eu não ligo para etiqueta

Eu aplaudo rebeldias

Eu respeito tiranias

Eu compreendo piedades

Eu não condeno mentiras

Eu não condeno vaidades

O que eu não gosto é do bom gosto

Eu não gosto do bom senso

Eu não gosto de bons modos

Não gosto

Eu gosto dos que têm fome

Dos que morrem de vontade

Dos que secam de desejo

Dos que ardem…