Não há vagas



Recentemente uma aluna em sala de aula me entregou uma poesia intitulada: “Não há vagas”. Desanimada com a falta de oportunidades no mercado de trabalho, fez uma dura critica social em relação às políticas públicas e a falta de oportunidades para quem está ingressando no mercado de trabalho.

Esta poesia me fez refletir profundamente e fiquei incomodado quando passo nas ruas das periferias e vejo dezenas de jovens dentro de bares jogando bilhar durante o dia. Muitos deles concluíram o Ensino Médio e não tiveram condições de ingressarem em uma faculdade e também não conseguiram o tão desejado primeiro emprego. Já outros desistiram de estudar e apenas passam o tempo nestes bares ou nos novos “points” que são os salões de cabeleireiros ou as novas barbearias que se espalham pelos bairros.

Na verdade, há um exército gigantesco de jovens  que poderiam estar exercendo uma atividade, mas estão sendo ignorados pelo Poder Público. Não apenas os jovens, mas muitos que perderam seus empregos nos últimos anos e, que, infelizmente estão sendo ignorados por conta de suas baixas qualificações profissionais e também pelos novos paradigmas dentro do Mercado de Trabalho, onde muitas profissões deixaram de existir e as pessoas já não se enquadram nestes novos postos.

Por conta deste problema grave que estamos vivendo, começam a se propagarem campanhas em prol do “empreendedorismo”, se não há vagas, então “crie a sua”. Programas na televisão abordam constantemente este tema e sempre mostram os casos de sucesso, mas se esquecem que de cada 10 novas empresas, apenas uma sobrevive neste novo cenário do tal Mercado e as outras nove terão seus nomes negativados e com enormes dividas a serem pagas. 

A classe média adora o bordão e as novas empresas agora levam o nome de “Start Up”. Mas na verdade, as pessoas continuarão a ficar desempregadas e a enviar seus currículos... Mas infelizmente “não há vagas”.

Quarentena

Minha nossa, realmente nunca me senti dentro de um filme apocalíptico. Esta é a minha sensação com o tal Corona Vírus ou simplesmente COVID-19. No último domingo, dia 15, fui à uma grande rede de hipermercado em São Bernardo do Campo e parecia um "inferno", de tanta gente querendo superlotar seus carrinhos. Estava um caos total, famílias com dois ou três carrinhos e com produtos básicos, como arroz, feijão, papel higiênico, etc. Teve briga, discussões, e eu, não querendo participar disto, abandonei o meu carrinho e fui embora.

Um amigo que mora em Portugal me afirmou que lá está a mesma coisa, ou seja, o mundo está de cabeça para baixo. Notícias apontam que o Brasil, se não se cuidar, pode ultrapassar, em números, em relação à Itália. E lá, não está fácil, até a data deste sábado, dia 21, às 00h30, a Itália estava com 37820 mil casos e com 4038 casos fatais. Os números são alarmantes chega a ser pior que uma guerra.

Para piorar ainda mais estes tempos apocalípticos, muitos não dão a mínima para este novo vírus, acreditam que são imunes, principalmente frequentadores de botecos. Estes dias um dos proprietários de um bar disse para mim: "Esta é uma doença de rico, aqui não vai chegar não", afirmou.
Por outro lado será uma ótima experiência passar uns dias junto à família, por a leitura em ordem, fazer e refazer alguns trabalhos e também repensar projetos. Para alguns, o ano de 2020 já acabou. Outros pensam que o ano de 2020 só começará quando a COVID-19 for embora. Mas enquanto ela está no meio de nós, temos que nos cuidar...


Foto por cottonbro em Pexels.com

São Silvestrarrr...

Como em todos os últimos 12 anos, participei da São Silvestre 2019. Um prazer  inenarrável participar deste evento.

As poéticas do empoderamento

No último final de semana, compareci a uma ótima exposição "As Poéticas do Empoderamento" na Caixa Cultural São Paulo, que fica ao lado do metrô Sé. Esta exposição quebrou certos tabus que que tinha em relação aos blocos de axé que existem na Bahia. É uma ótima oportunidade para quebrar preconceitos (se caso tiver) referentes ao estilo musical, que esta ligado diretamente a cultura de um povo.
Esta exposição traz à tona a luta por afirmação, conhecimento e autoestima, e aborda religião, dança, poesia, política,  e também toda a indumentária afro.

Data: 13/11/2019 a 19/01/2020
Horário: Terça a Domingo | 9h às 19hHorário da Bilheteria:Local: Galeria D. Pedro IIEntrada:Valor do Ingresso: Grátis



João Vitor e Me, myself an I




Novos tempos, novo eu, novo vc.

Preguiça. Uma palavra tão complexa que pode ter tantas definições. Talvez esta palavra possa justificar esta ausência durante este ano de 2019. Palavras não me faltam, mas não vieram à mente para rascunhar-me neste espaço, muito menos de observar pelo olhar do "outro" que aqui me lê. A preguiça me veio com vontade de não escrever, de não fazer nada. Será o ato de não fazer, seja preguiça ou uma desvontade? Mas talvez seja um novo tempo, um novo eu e um novo vc que ainda não sei descrever.

A minha fome é da palavra



A minha fome é da palavra
A minha sede é de justiça
Os alimentos não estão temperados
E os julgamentos tendem a injustiça

Por quê todos se revoltam com os fatos?
Mas se conformam com a rotina da vida
Como uma roda gigante a girar perdida
Sem destino, nem chegada e nem hora de partida

Não era para ser assim
Se eu não concordo contigo
Não precisa agredir a mim
A repressão em que vivemos traz um ódio maligno

Como bulling compartilhados em forma de piada
Como selfies com sorrisos sem graças
Os likes são fakes assim como a vida afiada
Por falsas moralidades copiadas de imagens irreais

As palavras ficam sem sabor, sem rimas
Compartilhando mentiras em prol da verdade
Minha fome é da palavra
Nossa sede é de justiça

Mas os alimentos são trash food
Sem tempero, sem escolha e sem opção
A palavra mais saborosa é o respeito
O amor representado nas boas ações.

Músicas indicadas pelos alunos do 9A Rosa Inês

1) Em um bate papo bem legal com a galera do 9 Ano B da E.E. Rosa Inês fui apresentado a novas bandas bem legais.




2) Este segundo vídeo já conhecia, o Panic at The Disco é bem interessante.



3) Não. realmente eu nunca tinha escutado "Tribo da Periferia". Bem produzido, mas ainda não consegui assimilar este estilo.




4) Esta banda Hungria faz o mesmo estilo de "Tribo da Periferia".


5) Froid é bem legal.



6) Birdy - Uma cantora Indie que está nas graças da molecada.

O

7) XXXTentation foi o grupo que eu mais gostei dos que foram me apresentado. Uma pedrada a cada faixa.