A retrospectiva da saudade


Drops Yo
Há uma balela linguística que afirma que a palavra “saudade” é tipicamente brasileira, pois não há em outras línguas uma palavra que carrega tal sentimento. Tal afirmação descaracteriza este sentimento para usar, por exemplo, a palavra “miss” em Inglês e que tem o mesmo significado, porém ela vai ter o mesmo sentido da palavra saudade de acordo com a situação que ela for utilizada. Mas, não é exatamente isto que gostaria de dizer em referência a palavra saudade.

Nos últimos tempos, desde a época do Orkut, há uma centena de postagens nostálgicas sobre décadas anteriores. Até aí tudo bem, mas comecei a reparar que este revival ficou estranho de uns tempos pra cá. Isto por que há uma saudade enaltecedora do passado em detrimento da atual geração.

Estas coisas só acontecem quando realmente se finda uma geração e chega outra. Acredito que as gerações dos anos 60 até a dos anos 90, apesar de momentos históricos completamente diferentes, tinham, ainda, muitas coisas em comum, apesar de serem diferentes. De 2000 em diante a virada foi de 360 graus.

Alguns, mais antenados acompanham as mudanças, outros orgulham-se por sucumbir ao tempo e afirmam que já não pertencem a este tempo. E o pior, curtem e reproduzem retrospectiva do passado menosprezando a geração atual. A começar por enaltecer produtos do passado que já não existem e ainda afirmam, que, naquele tempo era melhor. É claro, que todos nós gostamos de relembrar momentos históricos e que marcaram nossas vidas, assim como as “coisas passadas”, mas não podemos afirmar categoricamente que eram melhores.

É até compreensível afirmar que esta geração é carente de talentos em todas as áreas. No esporte, na cultura, nas artes, não só o Brasil, mas o mundo está carente de talentos, de novos grupos, novas ideias… Aqui no Brasil, esta geração tem o funk, um estilo duvidoso e ruim, comparando a Caetano ou Chico Buarque, quando ainda jovens, mostraram seus talentos para sociedade.  Era um momento histórico diferente e aquele movimento estava em ebulição.

Hoje, todos estão carentes de algo bom para ser consumido em uma sociedade que não te oferece alternativas de ascensão, e um porta voz, seria um símbolo e iria fazer parte do “mainstream” social, é cult, para alguns, e alienação para outros.

Carrinho de Rolimã
Consumir a cultura pop, faz parte do repertorio da sociedade “pós-moderna” (alguns acreditam que isto não existe), porém, faz parte da identidade desta nova geração, que não jogou pião, não empinou pipa, não andou de carrinho de rolimã, entre outras brincadeiras que hoje são ultrapassadas, mas não faz disto, sermos melhores que a geração de hoje.


Mas, enfim… É muito bom ter do que se lembrar. Tudo isto faz parte de nossa história e a roda continua a girar. Talvez, daqui há 40 anos, alguns sentiram saudades do funk e ainda vão afirmar: “Como era bom aquele tempo”. Então, seja a geração que for, ou o tempo que for, tudo tem o seu valor e a história será relembrada pela palavra saudade.

Imagem de Aparecida do Norte nos anos 50

Revirando gavetas encontro estas três fotos antigas que meu pai guarda até hoje. Resolvo digitalizá-las para preservar esta memória. Nas imagens, aparecem pessoas que meu pai, na época com 20 anos, já lembra vagamente quem eram. Um detalhe importante eram as roupas da época.



Obrigado pela visita, durante todos estes anos - FIM DO BLOG

Olá pessoal, venho me despedir deste espaço, que durante anos, foi um cantinho onde desabafava, dizia, algo, escrevia besteiras, poesias, etc.
Foi muito legal durante todo este tempo em saber que, algumas pessoas, liam e visitavam estes espaço, que também serviu como meu TCC, do curso de Letras.

Obrigado.

Por favor - Meu novo espaço é: http://sergiospires.wordpress.com/ -
Aguardo você lá.

God Bless

Auto retrato


me, myself and I

João bagunçando o guarda-roupa

Revirando as roupas do papai

Não será um gol de placa

Certamente o futebol é uma paixão nacional, e o gol talvez seja um orgasmo coletivo dos torcedores. Não só no futebol, mas em todos os esportes há lances que propõem uma alegria, tanto aos atletas, quanto a quem assiste as tais proezas feitas por eles. Mas não é só no esporte que as vitórias ou alguns lances “mágicos” são comemorados. Nos debates políticos que assistimos na televisão também. Cada ataque em seu adversário é comemorado pelos seus correligionários.

Mas, infelizmente que nível de debate a população realmente quer ver, de ataques ou de propostas? Lembro-me dos debates incríveis de Lula x Collor, Lula x Fernando Henrique, e me lembro vagamente da participação do Brizola, e também do finado Jânio Quadros em algumas destas “pelejas políticas”, e com certeza, Lula x Collor em 1989 foi a melhor de todas. 

 O encontro entre os dois políticos, faz parecer até final do campeonato brasileiro ou de Copa do Mundo; cada resposta dos candidatos era comemorada pelos militantes dos dois candidatos como se fosse um gol. Mas há uma comemoração especial, isto acontece quando o “gol é de placa”, aquele inesquecível, que vai ficar na memória para sempre, como o milésimo gol de Pelé, ou aquele gol de mão do Maradona contra a Inglaterra em 1986.

Ambos não foram bonitos, mas tiveram uma importância histórica. Com as eleições se aproximando, percebemos que os debates estão de baixo nível técnico. As acusações entre Dilma e Aécio tomam conta dos encontros dos dois candidatos e nas redes sociais, cada um defende o seu. As acusações de erros do “outro” são aplaudidas pelos oposicionistas, pois são armas para provar a “incompetência” de alguém.

Os dois candidatos têm erros e seus partidos também têm um passado que não se pode afirmar com a palavra “confiante”. Não é uma escolha fácil. A bola está na marca do pênalti, mas infelizmente não será um gol de placa, seja lá, quem será o eleito. De qualquer forma. God Bless a todos e ao Brasil.

Encarar de frente

Às vezes nos escondemos com medo de encarar os nossos problemas frente a frente. Mesmo nas horas difíceis é preciso ter moderação para não cometer erros, não julgar errado e estar sempre disposto a recomeçar. 

Monte Castelo: O dia em que os brasileiros massacraram os alemães

A Batalha de Monte Castelo (ou Monte Castello) foi travada ao final da Segunda Guerra Mundial, entre as tropas aliadas e as forças do Exército Alemão, que tentavam conter o seu avanço no Norte da Itália. 
Esta batalha marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram seis ataques, com grande número de baixas brasileiras devido a vários fatores. Quatro dos ataques não tiveram êxito, por falhas de estratégia.
No final de fevereiro a grande parte do sucesso da ofensiva foi creditada à Artilharia Divisionária, comandada pelo general Cordeiro de Farias, que entre 16h e 17h do dia 22, efetuou um fogo de barragem perfeito contra o cume do monte Castello, permitindo a movimentação das tropas brasileiras e conquistando o local.
Renato Russo, utilizou este fato para compor uma das mais belas canções de amor, contra o ato da guerra.

Artur Alvin - A Festa das Torcidas

Se há um local bem interessante nos dias de jogos em São Paulo, este lugar se chama: Artur Alvin. Bem na saída do metrô, no caminho do estádio, a rua fica fechada. Como ela é repleta de "botequins", aqueles bem simples, tornou-se um "point" para quem não tem ingressos. Lá várias torcidas das demais seleções que estão sem ingressos, assistem aos jogos nestes botecos. "Nunca imaginei que isto iria acontecer aqui", disse um atendente de um destes "points" alternativo. A mímica é a única forma de expressão para se comunicar com os gringos.
Lá, tem "comidinhas" para todos os gostos: churrasquinho, torresmo, mocotó, carne seca, jabá... Tem os mais variados pratos de botecos. Claro! Existem alguns com infra-estrutura um pouco melhor, com a tradicional pizza. Com cervejas a R$ 7,00 a garrafa, o movimento não para em todos os botecos. Fui para assistir o jogo da Argentina e Suíça e acabei ficando até a segunda partida entre EUA e Bélgica.
A confraternização era algo bem legal, e podia-se notar vários torcedores trocando camisas. Eu, como não levei nenhuma para troca, ganhei a confiança de um grupo de mexicanos que me presentearam com a camisa do Chivas, autografada por Chichiarito. Com certeza vou retribuir com a camisa da seleção e e também uma do Palmeiras.