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Morte e Vida pop...

"…a morte é o princípio do esquecimento de sua memória... "(Fernando Pessoa)

A única certeza que temos em vida, é que um dia iremos morrer. A morte eterniza alguns e levam outros ao esquecimento. Diante da pós-modernidade que começava nos anos 60, Andy Warhol afirmou que no futuro, todos teriam seus 15 Minutos de Fama. E tudo isso aconteceu, hoje uma pessoa comum pode fazer tanto sucesso como igual a um artista famoso, dando a possibilidade de sermos pop. As tecnologias do século XXI transformaram o mundo em uma visão popular, dentro das redes sociais.

Estas redes nos dão a oportunidade de sermos famosos por alguns instantes, por alguns dias, meses ou até anos. Outros conseguem ir mais além, às vezes ficam mais comentados até mesmo que artistas consagrados, mas este mesmo tempo que consagra muitos, podem levar também ao limbo. Todos nós do século XXI seremos esquecidos e substituídos por outros, novas modas, costumes, gostos, e a morte é só o princípio.

Quando alguns artistas morrem, o mundo fica perplexo perante o “endeusamento” de uma pessoa comum. Mas quando uma pessoa comum morre, há apenas o lamento feito por amigos e familiares. Fernando Pessoa em um dos seus heterônimos, afirma que “a morte é o princípio do esquecimento de sua memória”. Após a morte, todos se lembram dos melhores momentos vividos, e com o passar do tempo só se lembrarão do defunto em duas datas: a do nascimento e o dia da morte.

Depois que os amigos e familiares forem morrendo também, poucas pessoas se lembrarão das datas, até que ninguém mais se lembre. Talvez, uma pessoa, aqui e outra ali, poderão ter relampejos de lembranças, porém, o nome ficará gravado apenas na lápide de um cemitério. É triste? É a realidade.

A minha escola está diferente

A minha escola dos tempos de criança era melhor do que as escolas dos meus outros amigos. Este pensamento era compartilhado por muitos moleques da minha infância. As aulas de educação física eram pela manhã, três vezes por semana, as meninas eram as mais bonitas, os professores eram os mais legais e carismáticos, quer dizer, nem todos.
Nas aulas de educação física das meninas, íamos assistir é claro, afinal, elas usavam saias e um shorts vermelho bem peculiar que as deixavam muito mais bonitas. Na escola, todos os anos tinha um campeonato de futebol para os meninos e de vôlei para as meninas, que paravam a aulas e todos assistiam. Era fantástico.

A CARTA E SEUS SELOS EM VÃO. COMO RESTAURÁ-LOS?


A tecnologia trouxe tanta comodidade e acabou com velhos costumes, entre eles, escrever e enviar cartas. O e-mail e todas as redes sociais existentes cumprem o papel que antes era específico deste gênero literário, que era a carta. Junto com ela, tínhamos algo fundamental para o seu funcionamento. O selo. 

 O selo, por sua vez era outra ciência, pessoas do mundo inteiro e de todas as idades colecionavam selos e isto ganhou um nome específico: filatelia, ou seja, a arte de colecionar selos. No Posto dos Correios Central há até um museu destinado aos apreciadores desta arte. Acontece que, com a internet e o avanço tecnológico é difícil de encontrar selos à venda. Somente nos correios. Antes era vendido em todos os lugares, mas era uma tristeza. 

Os selos brasileiros eram terríveis, horríveis, feios de muitos de um extremo mal gosto. Durante décadas, os selos que comprava eram de frutas, aliás, desenhos de frutas, como bananas, uvas, jaboticabas, etc… E o pior, tinha uma legenda. Quando não eram de frutas, era da Bandeira Nacional, com exceção de datas comemorativas. Em suma. Não achava legal.
Estes dias recebi uma correspondência em casa. Era uma multa de trânsito, e na carta (que só os órgãos públicos, políticos e lojas, ainda utilizam), dizia para eu enviar um recurso pelo correio. Então fui até a agência envelopei e me surpreendi quando a atendente começou a selar o envelope com selos que remetia a parceria diplomática entre Brasil – Croácia. 

Os selos apresentam retratos estilizados e monocromáticos de dois grandes cientistas: o croata Nikola Tesla, e o brasileiro, Mario Schenberg. Bem legal. Achei que o Detran não merecia receber tal documentação com um selo destes. Fiz questão de leva-los para casa e registrei a postagem para que a atendente não colocasse os selos na tal carta. E ainda tinham outros selos sensacionais engavetados e sendo utilizados não para o envio de cartas para pessoas, mas sim para órgãos públicos, que apenas recebem a mercadoria e jogam os envelopes fora.

As balas do farol

Arte - Sérgio Pires e Bodão
Com milhares de pessoas desempregadas, há cada vez mais gente trabalhando no mercado informal, há ainda o aumento daquelas pessoas que vendem balas no farol, carregadores de baterias de telefones celulares, crianças que são utilizadas pelos pais para ganharem trocados lavando os vidros do carro nos sinais. Agora estão surgindo uma nova leva de pessoas que ganham alguns trocados, são os malabaristas e mágicos, que durante um minuto alegram os motoristas e recebem um dinheirinho, na verdade, os semáforos da cidade estão um verdadeiro ponto comercial e um palco a céu aberto.

O lado negativo são as crianças que são exploradas nestes locais e o poder público não faz absolutamente nada. Quando uma criança bate nos vidros fechados de nossos carros, apenas balançamos a cabeça dizendo que não temos nada, no máximo, procuramos algumas moedinhas e damos as crianças.

Isto acontece em todas as equinas das grandes cidades do país, onde nós as ignoramos e também não fazemos nada, nossos governantes têm o conhecimento desta situação e apenas fingem que trabalham, no Poder Legislativo, por exemplo, há inúmeros requerimentos de votos de congratulações a artistas da televisão, mas não há projetos de inclusão.

Diante desta situação, cabe agora ao Ministério Público pressionar os responsáveis por esta situação, para que alguma medida seja tomada urgentemente e algumas atitudes possam ser realizadas.


O governo do Estado e as Prefeituras, culpam sempre o governo Federal, que por sua vez, se isenta. Enquanto isso, iremos ter vários saquinhos de balas pendurados em nossos retrovisores e pessoas implorando para comprar qualquer coisa em algum semáforo. Já nos bairros ricos, onde as pessoas já têm quase tudo, há shows circenses, malabares, etc.

A superioridade do CD em relação ao LP ou  “vinil”

Ouvir disco em vinil está na moda. Vários grupos e artistas estão lançando e relançando álbuns em vinil. A indústria já está fabricando alguns toca-discos com modelos super chiques a preços meio “esquisitos” pela qualidade do som que é péssima, mas virou algo cult em lojas especializadas. 

Gosto dos vinis e tenho uma grande coleção e também um toca disco legal, mas quero lembrar que, lá nos anos 90’s com a popularização dos Compact Discs (CDs) me desfiz de uma colação enorme de discos em vinil e comecei a recomprar todos os álbuns que eu tinha em CDs. 

Depois de alguns anos, me arrependi, e entrei no time dos amantes do vinil novamente e comecei a amaldiçoar os CDs. Comecei a recomprar tudo de novo vinil e desta vez deu mais trabalho, pois tive que procurar por um toca-disco usado, já que os novos aparelhos não o fabricavam mais. Depois tive que procurar por uma agulha e também comecei a frequentar sebos a procura de discos usados e recomprei vários, alguns baratos e outros nem tanto. 

Mesmo, amaldiçoando os CDs nunca deixei de compra-los durante este tempo, e sempre elogiava o vinil pela arte da capa, etc. É legal ser nostálgico e ouvir a agulha pipocar no vinil, mas também é um saco. Às vezes o som fica meio “opaco” com um leve chiado dependendo da qualidade do aparelho, é horrível, mesmo assim, trata-se de um “vinil original”, diria os amantes deste estilo, que fiz parte, mas confesso... Estou saindo fora e voltando aos CDs. 

Não vou falar em termos técnicos, pois há vários posts bem legais que tratam deste assunto como o texto de Nacho Belgrande (http://whiplash.net/materias/news_805/220476-audio.html), quero relatar apenas minha decepção com o vinil e como ele é tratado no comércio atual. 

O tempo passou novamente e hoje ao ver os discos de vinis usados a R$ 50 e os títulos mais novos a R$ 150, percebemos que há uma moda latente, e não é a qualidade que está em pauta, mas sim “a moda de ficar antenado as coisas cults”, ao estilo índie. 

Ainda bem que nunca parei de comprar CDs, mesmo no auge do Napster e de outros sites quando muitos baixavam músicas da rede, todas as vezes que visitei a Galeria do Rock eu voltava para casa com um CD, só que desta vez não tinha mais um bom tocador, já que os aparelhos de DVDs substituíram os CDs Players, porém, de uma forma horrível, pois depende exclusivamente da conexão da televisão, diferente dos CDs players antigos, onde era possível programar, avançar e fazer suas escolhas musicais no próprio player. 

A qualidade do CD em relação ao vinil é bem “visível” quer dizer “audível”, com exceções de profissionais que trabalham com a música e possuem ótimos aparelhos, como os DJs e desta forma o som do vinil sai “perfeito”. Mas ouvir um vinil em casa sem um equipamento específico, definitivamente não é legal. 

Desta forma, fui à caça de um bom CD player, achei um aparelho usado em perfeito estado, um Compact Disc Philips Cd-610, por R$ 90. A qualidade é superior ao player do DVD e bem superior ao som do vinil. Indiscutível. 

Em tempos que poucas pessoas compram CDs, acho que, para quem gosta de música as bolachinhas não vão sair de moda, mesmo que outra moda apareça como a do vinil (que eu gosto), porém de qualidade inferior aos CDs, ouvir música de qualidade é do CD. MP3 nem pensar, é apenas para passar tempo no telefone ou no ipod. 

O preconceito da grande mídia pelo futebol feminino

Longe do glamour da imprensa, sem interesse do público e sem álbuns de figurinhas, a Copa do Mundo de Futebol Feminino vai bem, mas continua sem apoio.

Em dezembro de 2014 as jogadoras da Seleção Brasileira Feminina entraram em campo em um torneio disputado em Brasília com uma faixa de homenagem a Luciano do Valle, narrador, amante e maior incentivador do futebol feminino no Brasil. Enquanto vivo, o narrador dava espaço para a modalidade na televisão aberta com grande espaço e jogos ao vivo.
O Campeonato Mundial Feminino, como é tratado pela mídia, é na verdade a “Copa do Mundo de Futebol Feminino” disputada no Canadá e pouco espaço é dado a esta tão importante competição. Certamente, se vivo, Luciano iria dar mais espaço, mas infelizmente são poucos os amantes dos esportes capazes de apoiar outra modalidade esportiva que não seja o futebol “profissional” praticado por homens, pois o lucro é “quase” certo.
É triste lamentar, mas diante dos escândalos que envolvem a FIFA, vários veículos a culparam pela falta de investimento nesta modalidade, assim como a CBF, que nunca se importou com o futebol das meninas brasileiras, entretanto, diante de uma Copa do Mundo, a cobertura é pífia em todos os veículos de comunicação.
Estamos assistindo a matérias transcritas pelas redações da própria CBF e FIFA e a mídia informa apenas infográficos da classificação geral do maior torneio de futebol do mundo que está sendo disputado na atualidade. O mesmo pensamento da FIFA/CBF em relação ao futebol feminino é compartilhado pela grande imprensa pela falta de cobertura do evento. Depois de tanto malharem as duas entidades que mandam no futebol no Brasil e no mundo, após os escândalos, os grandes veículos se esquecem de que fazem o mesmo contra esta modalidade por questões financeiras.
Em 2011 a Copa do Mundo foi disputada na Alemanha conquistada pelas japonesas contra as norte americanas. O jogo foi disputadíssimo e terminou empatado por 2 a 2 e terminou nos pênaltis com a vitória do Japão por 3 x 1. Na ocasião, houve mais destaque e a partida foi televisionada.
Neste ano, por enquanto, a cobertura é sonsa. Devido à crise e as corriqueiras demissões nas redações é até compreensível este parcial “silêncio” na cobertura do evento, por falta de profissionais e também por não terem verba para enviar uma equipe até o Canadá para cobrir o evento. Outro fato que obscurece o torneio é também a Copa América que está sendo disputada no Chile e, de fato tira a atenção do torneio feminino.
Mas, é triste vermos um campeonato tão importante sendo tão desprezado até o momento. Vamos aguardar o caminhar do campeonato, pois caso o Brasil avance, pode despertar o interesse da mídia em cobrir o evento. Bem que poderiam dar oportunidades a novos profissionais para cobrirem o evento. Torçamos!

Futebol, Water Buffalo Ledge e Glee

Glee
Estes dias terminei de assistir a 4ª temporada de Glee em apenas uma semana. Achei fantástico. Já conhecia o seriado teenager quando passou a primeira temporada na TV aberta, vi apenas alguns episódios, e esporadicamente via algumas apresentações de músicas na internet. O seriado chamou atenção da forma como trata a música em um ambiente de colégio.

Desta vez, ao ver a temporada completa, tive uma visão diferenciada. Não sabia que o Glee era um pequeno clube de um colégio, na verdade trata-se de um projeto específico, que foi autorizado pela direção da escola para a disputa de um torneio regional. Em resumo, o grupo se apresenta apenas com objetivo de uma única apresentação anual e caso passasse, iria para uma segunda apresentação nacional. Entretanto, é um grupo de alunos que são amantes da música que se apresentam para si mesmos, como um ensaio, diversão e lazer. Isto é muito legal se fosse realmente implantado como um projeto dentro das escolas (serve de exemplo).

Lembro que tinha este mesmo costume com amigos, pois quando comecei a trabalhar toda a minha grana ia em discos e CDs. No quarto tinha um monte de bolachas de vinil amontoadas e a galera se aglomerava para ficarmos ouvindo músicas e falando bobagens deixando a hora passar. Tudo em prol da música, era quase que um clube. Fazíamos sabatinas musicais, às vezes, alguém levava um cd ou um disco novo e colocava para rolar, outro amigo trazia cerveja e ficávamos horas debatendo às músicas e os estilos de som. Vi em Glee, a necessidade de compartilhar músicas e estilos, afinal, de que adianta termos um belo acervo, conhecimento e um estilo de música própria sem poder compartilhar com alguém? Glee faz isto. É cultura pop.

Fred e Barney no Water Buffalo
Isto me faz lembrar da necessidade das pessoas se agruparem, tipo clube ou algo onde as pessoas podem se encontrar para compartilhar gostos em comum. Lembrei do Water Buffalo Ledge dos Flintstones. Era criança quando via o Fred e o Barney com uns chapéus idiotas que eles usavam às sextas-feiras. Era um clube só de homens e suas esposas ficavam questionado sobre o que acontecia naquele local proibido para o universo feminino. Na verdade, era esta a necessidade, de compartilhar algo.

No futebol é a mesma coisa. Ir em qualquer campo de várzea ou sair com amigos para jogar bola em um dia qualquer à noite é um prazer imensurável. É network, esporte, risadas com jogadas idiotas, é voltar a ser criança. O mesmo acontece com outras modalidades, ou mesmo as mulheres que se encontram para fazer qualquer outra atividade. Sair para compartilhar algo e voltar a ser criança é algo necessário para todos, principalmente quando se relaciona à música.


Por isto, já estou pegando o violão e cantarolando algumas canções, meus CDs e discos, tem hora marcada aos sábados e domingo à tarde. Futebol é aos domingos e as corridas durante a semana. E nas horas livres, vou começar a 5ª temporada de Glee. Haja tempo, mas parafraseando a cultura pop nacional: “… Mas temos muito tempo… Temos todo o tempo do mundo… Todos os dias, antes de dormir, lembro e esqueço como foi o dia. Sempre em frente, não temos tempo a perder…”.

As guitarras indies – Onde estão?

Uma série de bandas nos anos 90 conquistaram o posto de “cult” pela cultura “indie”, contestada até hoje como estilo musical. É claro, que, como “independente” elas não tinham nada, sendo a maioria bancada por grandes gravadoras, mas o nome pegou após o sucesso dos Smiths lá no início dos anos 80 e chegou ao ápice com Oasis. Entre Smiths e Oasis existe um leque de centenas de bandas que fizeram sucesso com um ou dois hits e já foram suficientes para se tornarem clássicos.
Estes dias, limpando discos e arrumando alguns cds antigos, encontrei alguns cds que foram baixados ainda nos anos 90 pelo site revolucionário Napster. Encontrei bandas como Chapterhouse e sua clássica Pearl, Ride com Vapour Trail e Twisterella, Better Than Ezra, Curve, Lush, L7, Throwing Muses, Belly, Lemonheads, entre outras.

Todas eram musiquinhas bem pop com ar bem alternativo porque não tocava nas rádios. Algumas só ganhavam o dial das rádios após passarem na MTV (quando ela ainda passava vídeos clips). Mas havia algo de interessante no ar com estas músicas, pois elas representaram parte de uma cena alternativa nas casas noturnas.

Muitas destas bandas, eram tocadas por Djs do Madame Satã, Espaço Retrô, no Matrix, Outs, entre outras casas alternativas. Por mais que estas músicas fossem pop, elas trazem ainda, uma cara alternativa, pelo estilo e também pelas referências.

Atualmente, a tal cena “indie” não tem mais a mesma cara, tem muitas bandas interessantes, mas,  ao ouvi-las não é mais a mesma coisa, está mais “poser”do que musical.

A retrospectiva da saudade


Drops Yo
Há uma balela linguística que afirma que a palavra “saudade” é tipicamente brasileira, pois não há em outras línguas uma palavra que carrega tal sentimento. Tal afirmação descaracteriza este sentimento para usar, por exemplo, a palavra “miss” em Inglês e que tem o mesmo significado, porém ela vai ter o mesmo sentido da palavra saudade de acordo com a situação que ela for utilizada. Mas, não é exatamente isto que gostaria de dizer em referência a palavra saudade.

Nos últimos tempos, desde a época do Orkut, há uma centena de postagens nostálgicas sobre décadas anteriores. Até aí tudo bem, mas comecei a reparar que este revival ficou estranho de uns tempos pra cá. Isto por que há uma saudade enaltecedora do passado em detrimento da atual geração.

Estas coisas só acontecem quando realmente se finda uma geração e chega outra. Acredito que as gerações dos anos 60 até a dos anos 90, apesar de momentos históricos completamente diferentes, tinham, ainda, muitas coisas em comum, apesar de serem diferentes. De 2000 em diante a virada foi de 360 graus.

Alguns, mais antenados acompanham as mudanças, outros orgulham-se por sucumbir ao tempo e afirmam que já não pertencem a este tempo. E o pior, curtem e reproduzem retrospectiva do passado menosprezando a geração atual. A começar por enaltecer produtos do passado que já não existem e ainda afirmam, que, naquele tempo era melhor. É claro, que todos nós gostamos de relembrar momentos históricos e que marcaram nossas vidas, assim como as “coisas passadas”, mas não podemos afirmar categoricamente que eram melhores.

É até compreensível afirmar que esta geração é carente de talentos em todas as áreas. No esporte, na cultura, nas artes, não só o Brasil, mas o mundo está carente de talentos, de novos grupos, novas ideias… Aqui no Brasil, esta geração tem o funk, um estilo duvidoso e ruim, comparando a Caetano ou Chico Buarque, quando ainda jovens, mostraram seus talentos para sociedade.  Era um momento histórico diferente e aquele movimento estava em ebulição.

Hoje, todos estão carentes de algo bom para ser consumido em uma sociedade que não te oferece alternativas de ascensão, e um porta voz, seria um símbolo e iria fazer parte do “mainstream” social, é cult, para alguns, e alienação para outros.

Carrinho de Rolimã
Consumir a cultura pop, faz parte do repertorio da sociedade “pós-moderna” (alguns acreditam que isto não existe), porém, faz parte da identidade desta nova geração, que não jogou pião, não empinou pipa, não andou de carrinho de rolimã, entre outras brincadeiras que hoje são ultrapassadas, mas não faz disto, sermos melhores que a geração de hoje.


Mas, enfim… É muito bom ter do que se lembrar. Tudo isto faz parte de nossa história e a roda continua a girar. Talvez, daqui há 40 anos, alguns sentiram saudades do funk e ainda vão afirmar: “Como era bom aquele tempo”. Então, seja a geração que for, ou o tempo que for, tudo tem o seu valor e a história será relembrada pela palavra saudade.

Olhos e pés

Sombras te acompanham na escuridão. Sozinho calcula o próximo passo. Alguém grita pelo seu nome em vão. Mente pesada, nervos de aço. Imagina então aquela música. A mensagem poderia lhe revigorar. Seus olhos então começam a ficarem abertos. Mesmo assim, seus passos eram incertos. Olhos abertos na escuridão, uma falsa sensação de segurança. Mas a música ditava o ritmo de seus passos. Caminho certo, caminho suave. Os pés seguiam os olhos... Seus olhos então começavam a ver. Seu caminho, seu ritmo, sua luz. Foi assim... Os olhos e os pés.

Ilegal, imoral e engorda



Adoro comer cheesburguer ou coxinha de boteco. Melhor ainda é comer pastel de feira, principalmente aquele "especial" que tem até um ovo dentro e, adoro tomar Coca-Cola quando acordo e ou quando vou dormir. À noite, no trânsito, não tenho paciência de ficar parado em farol vermelho, ainda mais com essa onda de violência que está pela cidade, portanto, não respeito os semáforos da cidade, e assisto sim, as imoralidades que passam na televisão.
Recentemente em um jornal, mostrou o prefeito de São Paulo pedindo que os moradores da favela incendiada abandonassem o local, porém, a reportagem informou que eles não tinham para onde ir. No bloco seguinte do jornal, mostrou um comercial com a promoção de um carro com o IPI reduzido. Preço do veículo: R$ 68 mil. Isso sim é ilegal e imoral.
Hoje há um movimento chamado "light" em evidência. Trata-se de um grupo de pessoas que odeiam refrigerantes, não comem nada na rua e quando vão a restaurantes pedem suco de laranja com adoçante. Feijoada! Nem pensar. Apenas salada e carne branca.
Muitos são também frequentadores de academia, e confesso que eu amo essas salas de ginásticas, para manter este corpo de 4 ponto zero, mas, às vezes, temos que ouvir cada coisa. A última conversa que ouvi na academia foi: "Hoje comi uma fatia de pão integral com queijo ricota", afirmou um cara todo metido a bombado, e outo retrucava: "Não, não! O melhor a fazer é tomar leite, pela manhã, e comer muitas batatas doces durante o dia", então pensei: Vou sair de perto destes caras rapidinho, caso contrário vou sentir o efeito colateral dessa comida.
Bom, o fato é que sempre pratico esportes, vou à academia, e faço tudo isso na maior normalidade, sem preocupações, afinal, como diz o ditado: tudo que é bom é ilegal, imoral e engorda.


32 dentes e boca vazia


“Não acredito em ninguém; não acredito em ninguém com mais de 30; não acredito em ninguém com 32 dentes". É interessantes esta relação bucal, já relatada em uma música dos Titãs, com a nossa vida cotidiana. Principalmente quando vemos os escândalos na política, argh!

A boca é a parte do corpo mais importante, pois é por ela que nos alimentamos, mastigando os preciosos alimentos, através de nossos maravilhosos dentes, incisivos, pré-molares, caninos e os sisos (se adulto). Mas, a dança canibalesca dentro da boca é inabalável com as palavras, pois é por aí que saem os sons, as informações mais inteligentes ou torpes através da nossa língua.
Mas é absurdo como testemunhamos o péssimo uso da boca. Tanto para se comunicar ou para alimentação. Estudos mostram que a população brasileira está ficando cada vez mais obesa, por conta dos enlatados e dos fast food proliferados pelo país, ou ainda pessoas que não têm o que por na boca. E as conversas saudáveis que existiam nas praças, nos cafés, nos bares estão desaparecendo ou sendo trocados pelas fofocas, ou conversas que não levam a lugar nenhum, a não ser um assunto em moda: mensalão.
Ultimamente estamos vendo bocas vazias tanto de comida quanto de conteúdo. Ao ligarmos a televisão assistimos programas vazios. Até o programa do Jô, que às vezes, aparecia entrevistados e entrevistas maravilhosas, hoje é horrível, sem conteúdo, perguntas imbecís e entrevistados "chapa branca". Nos telejornais ouvimos depoimentos de pessoas envolvidas em casos de corrupções, escândalos e continuamos a testemunhar as bocas vazias.
Como diz o poeta Manoel de Barros, que brinca com as preposições, "ninguém leva isso de sério", pois na verdade as bocas nada mais são que instrumentos individuais de comer.

Morte e Vida pop...

A única certeza que temos em vida é que um dia iremos morrer. A morte eterniza alguns e levam outros ao esquecimento. Diante da pós-modernidade que começava nos anos 60, Andy Warhol afirmou que no futuro todos teriam seus 15 Minutos de Fama. E tudo isso aconteceu, uma pessoa comum por fazer tanto sucesso como algum artista famoso, dando a possibilidade de sermos pop. As tecnologias do século XXI transformam o mundo em uma visão popular, dentro das redes sociais.

Estas redes sociais nos dão a oportunidade de sermos famosos por alguns instantes. Outros conseguem ir mais além, às vezes ficam mais comentados até mesmo que artistas consagrados, como o caso da Luiza, mas este mesmo tempo que consagra, leva ao limbo. Todos nós do século XXI seremos esquecidos e substituídos por outros, novas modas, costumes, gostos, e a morte é só o princípio.

Quando alguns artistas morrem, o mundo fica perplexo perante o “endeusamento” de uma pessoa comum. Mas quando uma pessoa comum morre, há apenas o endeusamento dela feita por amigos e familiares. Fernando Pessoa em um dos seus heterônimos, afirma que a morte é o princípio do esquecimento de sua memória. Após a morte, todos se lembram dos melhores momentos vividos e com o passar do tempo só se lembrarão do defunto em duas datas: a do nascimento e o dia da morte.

Depois que os amigos e familiares forem morrendo também, poucas pessoas se lembrarão das datas, até que ninguém mais se lembre. Talvez, uma pessoa, aqui e outra ali, poderão ter relampejos de lembranças, porém, o nome ficará gravado apenas na lápide de um cemitério. É triste? É a realidade.

Os separados - Já os artistas, são talvez, as pessoas “separadas”, pois, por mais que fiquem esquecidas, deixarão para sempre suas obras. Como pintores, atletas, cantores, escritores... Eles não são normais. A comunicação através da arte, seja ela qual for, é a responsável pela engrenagem social, é o reflexo direto das formas de produção e como afeta os sentimentos dos homens.

Elvis, Picasso, Mozart, Alan Poe, Van Gogh, Kurt Cobain, Amy, Janis, Jim Morrison e a agora Witney, entre tantos outros artistas, têm algo em comum. Não importa a forma como morreram, eles puderam retratar a sua sociedade na época em que viveram. Alguns, por meio do seu livre arbítrio se expuseram demais, devido aos excessos, não que foram bem ou mal compreendidos, amados ou odiados, foi a consequência da arte de viver, de forma certa ou errada. Igual ao trabalhador que caiu na contramão atrapalhando o tráfego, descrita por Chico Buarque. Este deixou quatro paredes erguidas de forma sólida, e virou pop.

Talvez todo o ser humano deveria escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho, para selar de forma definitiva a entrada para o "mundo pop". Mas, tudo isso só valerá se for compartilhado no twitter, facebook, youtube, entre outros.

Digo... Não digo!

Há tempos não escrevo absolutamente nada neste blog e muito menos nas redes sociais. Lá, fico isento de palavras e me limito a curtir, ou não algumas postagens e, às vezes, compartilho algumas fotos, imagens ou vídeos que já estão na internet. 

Em meio a tantas informações que absorvemos e, de todos os gêneros, é difícil opinar sobre algo, mesmo porque, já existem centenas de opiniões a respeito do assunto e, por isso qualquer opinião tem que ser bem rápido, na hora, caso contrário, pode ser algo antigo e já ultrapassado. Mas é estranho, mesmo com Facebook, Twitter e blog, não estou dizendo nada.

Não dá nenhuma vontade de falar sobre política, economia e muito menos sobre esporte, devido à pífia campanha do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Aí não da vontade de dizer nada. Mas, não me sinto passivo diante do silêncio das palavras, pois estou dentro das redes, onde tudo é compartilhado e sincronizado, onde tudo é público, e mesmo assim, ainda é privado (minhas opiniões).

 Talvez este silêncio, essa não vontade de dizer, é por conta de muita coisa ruim, que impera em nossa sociedade. As pessoas estão ouvindo péssimas músicas; os filmes nos cinemas são horríveis e cheio de clichês, trânsito insuportável nas cidades, quando achamos uma rádio legal para ouvir, ela repete sempre as mesmas músicas. Ta tudo tão chato... Não, não, não... Chato sou eu... Prefiro não dizer nada... Vou tomar minha água tônica e uma taça de vinho seco. 

Putz! Me deu vontade de ouvir Waterboys... Fim, chega! Não vou dizer mais nada neste texto! Se é que disse alguma coisa!

Quem é o tal Sistema?

Nunca o tal Sistema foi tão importante como agora. Ele é superior a gerentes, chefes e é capaz de deixar todos na mão. Sim! Não há ninguém superior que o tal Sistema. Antes achava que a definição de sistema era simples, como o Wikipédia o define: “Um sistema (do grego sietemiun), é um conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo organizado”.

Meus amigos, isso é um engodo. Em dois dias fiquei super dependente do tal Sistema e nem eu e nem ninguém conseguiu encontrá-lo e muito menos o fez mudar de ideia. Tudo começou quando liguei para a empresa de televisão por assinatura, falei com um fantasma e a voz metálica da mina me obrigava a digitar um monte de números. Ela dizia: “se você quer comprar uma assinatura digite 1, problemas de conexão, 2”... Quando chegou na opção 9 depois de quase 10 minutos, ela mandou esperar para falar com um atendente. E nada, ela aparece novamente porque a linha estava ocupada, então tive que esperar até a opção 9 e aguardar.

Daí então uma pessoa (verdadeira) me atende. Pedi para cancelar o serviço e ele me diz: “Hoje não é possível, pois caiu o Sistema”. Como assim? Se caiu levanta! Aí o cara me pediu para ligar mais tarde até o Sistema voltar. Então esse tal Sistema cai e sai por aí e ficamos na mão. Mas isso não era nada do que estaria por vir mais tarde. Tive que ir ao banco 24 horas, fiquei cerca de 20 minutos na fila e quando chega a minha vez, aparece uma mensagem na tela “Caixa sem Sistema”. Tá de brincadeira! Pensei. Tive que ir até uma agência bancária e, novamente peguei uma baita fila, porém deu tudo certo.

Ufa! O caixa nem mencionou o nome do Sistema. Então aproveitei o tempo e fui falar com a gerente da Pessoa Física, é o que dizia a plaquinha na mesa dela, e fui até lá para desbloquear o cartão de crédito. Sentei entreguei o cartão, ela digitou... Olhou feio para a tela do computador, digitou... Olhava feio, e digitava e olhava feio... E enfim me disse: Infelizmente não vou conseguir. Por quê? Indaguei. “Deu problema no Sistema”, ela me respondeu.

Fui embora e mais tarde entrei em uma loja para mudar o plano do celular. A atendente pegou meus dados e me apresentou as propostas. Ao pedir um desconto para um determinado plano, ela falou. “Não posso, o Sistema não deixa”. Como assim? Chama a gerente. Ela veio. Gostaria de um desconto, disse a ela. E então a gerente me retrucou. “Infelizmente o nosso Sistema não permite, não podemos fazer nada”.

O Sistema é poderoso, afinal ele dita as regras, e manda mais que os caixas eletrônicos, atendentes, chefes, gerentes, bancos... A sociedade aos poucos está sendo desconfigurada para a configuração do novo sistema.

O tempo fica.

Tempos difíceis, tempos de violência, tempos de intolerância, tempos de chuvas, tempos de calor, tempos de insegurança. A notícia sobre o tempo tem tomado parte de nossas vidas em todos os sentidos, desde o tempo psicológico de nossas vidas, às mudanças climáticas e até para relatar a atual situação social em que vivemos.

Neste último final de semana na Avenida Cupecê, em apenas três dias testemunhei três atropelamentos fatais, causando quatro mortes e todos os casos de intolerância de pedestres e motoristas.

A mídia informa o caso do ministro que aumentou o patrimônio 20 vezes e isso ainda não é nada, se formos vasculhar a vida de cada deputado, vereador ou qualquer pessoa que ocupa um cargo no Legislativo ou no poder Executivo, com certeza, vamos constatar que muitos multiplicaram por 100 seu patrimônio. Tempos bons para estas pessoas.

O tempo se torna ruim para quem luta pelo maio ambiente no norte e nordeste, que são ameaçados por jagunços, vestígios ainda de um Brasil colonial, membros da UDR (União Democrática Ruralista), ou na periferia das grandes metrópoles, quando não se tem opções de lazer, saúde e com transporte precário.

O tempo é curto para os professores que fazem três jornadas diárias de trabalho para multiplicar seu salário; o tempo longo para os trabalhadores escravos nas fazendas espalhadas pelo país; o tempo fica parado quando os paulistanos tentam voltar para casa presos no tráfego; o tempo...

O tempo se mistura com o passado, futuro e presente numa simbiose de esperança e lembrança, de que tudo ainda pode melhorar.

Dia da mulher: todos os dias

Hoje me peguei surpreso com a data: Dia da Mulher! Esta data que para muitos é apenas mais um dia no calendário, merece uma reflexão. Por incrível que pareça, em pleno século XXI, as mulheres hoje não estão lutando por direitos como: melhores salários, igualdade de cargos em empresas multinacionais, etc. Infelizmente a luta feminina ainda está por respeito e dignidade. Não que as questões anteriores aqui citadas não designem este significado, mas por que ainda, nos dias de hoje as mulheres ainda são vítimas de problemas que já deveriam ter sido sanados, como a violência e o respeito dentro de sua própria casa. E, isso não é por conta das mulheres ou dos movimentos femininos ou feministas, mas porque ainda prevalece o preconceito e o machismo.


 
A mesma luta dos movimentos femininos nos dias de hoje são os mesmos de 40 anos atrás. E, por conta disso, muitas conquistas dentro desta luta foram alcançadas, que eram o respeito, o direito ao trabalho, voto, emprego, salário, ascensão social dentro da empresa... Tudo isso foi alcançado e, quando parecia que as lutas femininas alcançariam um novo rumo, percebe-se que os problemas antigos ainda prevalecem nos dias de hoje.


 
É preciso estar engajado na luta em prol das mulheres e por seus direitos. E os homens terão um papel fundamental para uma nova fase na luta pelos direitos femininos, que aborda a família, as empresas, órgãos governamentais, etc. O primeiro passo já foi dado, afinal temos uma presidente da República. Vida longa ao sexo forte! Afinal todos os dias é o dia da mulher. Parabéns garotas!

Macacão na escola? Nãooo...

Sim! Eu tenho um macacão. Por muito tempo pensei que fosse coisa chique, afinal paguei a bagatela de R$ 160,00 há quase 10 anos. E é de marca! É da Levi’s. Coisa boa! Porém, todas às vezes que tentei usar o estas vestes, típicas dos jovens dos anos 60 ou 70, me dei mal. Aliás, é bom explicar que adquiri a tal roupa ainda neste século, mesmo que alguns acham que acabei privilegiado com a doação de roupas de parentes de algum defunto, isso não! É pura calúnia! Outras chegaram a firmar que comprei na porta da igreja por R$ 1, etc. É pura maldade alheia! Pura inveja!

Mas devo confessar que a tal roupa me coloca em calças justas! A primeira vez que a utilizei foi num emprego novo. Foi em uma assessoria de imprensa. Era sexta-feira, dia do casual day, onde todos podem mais à vontade, então resolvi ir de macacão. Ao entrar na sala já ouvi risinhos... Burburinhos e meu chefe me convidou para ir até a sala dele. Discretamente ele me recomendou que voltasse para casa para trocar de roupa, pois teria que entrevistar o Paulo Maluf à noite para uma revista especializada. Disse-me que não era veste apropriada para trabalho, mesmo no casual day!

Outro dia, uma amiga foi até em casa e queria uma roupa emprestada. Aí achei estranho! Uma mulher querendo uma roupa minha, pega mal, naqueles segundos antes de perguntar o que seria, passou um monte de coisas na cabeça. Fiquei em silêncio e esperei que ela me pedisse: “Eu sei que você tem um macacão, você poderia me emprestar?” Como assim? Pensei! Como ela sabia que eu tinha um macacão? “Com certeza todos os vizinhos, amigos, a rua toda sabia...” Respondi: “Claro é pra quando?” “É pra hoje, é festa junina na escola, e tenho que ir fantasiada”. Sim, sim... Emprestei meu macacão, afinal, é uma fantasia!

Depois de um tempo deixei o macacão lá guardado no guarda-roupa. Teve um dia que não resisti e resolvi ir para escola dar aula de macacão para as crianças da 6ª série. Não prestou.

Na idéia dos pequenos, macacão quem usa são os seguintes personagens: Mario Bros, Fofão e Chaves. Alopraram-me. Quando pus o pé na escola, já começaram: o professor vei fantasiado de chaves! Outros retrucavam: “Não, não, é o Mário Bros, e, ainda pior... É o Chaves!”.

Aquele dia eles tiveram que escrever muito, por conta disso, passei lição até umas horas pra eles. Mas eles não respeitaram o Macacão! Estes dias ao abrir o guarda roupa ele estava lá.... Dobrado a espera da próxima festa junina, ou que a moda o ressuscite.

Por onde andas?

Por sérgios pires
Diga quem és e te direi por onde andas. Acho que te vi certo dia lá pelas bandas do centro. Estava numa loja. Logo que me viu, desapercebeu e saiu. Acho que já não é a mesma. Não te encontro nos meus lugares. Aqueles que você não sabia que iria.
Humm! Aquele show daquela banda que você não gostava, fiquei sabendo que você foi ver de novo. Aqueles lugares que eram teus e você gostava, hoje já não freqüenta, então por onde andas?

Na faculdade dizem que trancou a matricula; na rua, só o Kulinha te viu puxando um mato, dizem que pagou e saiu e ninguém mais te viu.

Lá na empresa disseram que pediu as contas e nunca mais apareceu. Estanho não ter mais onde ir, eu que sei. Acho que te vi também no mercado, mas tava longe, quando cheguei perto você tava pagando deu uma olhadela e saiu. Sempre odiou mercado.

Eu continuo sempre nos mesmos lugares, todos já me conhecem. Desde o meu bairro, na empresa, na faculdade, até no boteco. São sempre estes.

Nem na internet você é a mesma, nas comunidades te achava. A agora sumistes. Na sala de bate papo sempre te achava na sala 7, era místico, você dizia. Mas vopcê não entra mais.

No meu Orkut, não visita e nem deixa scrap, no blog nem faz comentários. Até virtualmente sumistes.

Este é o e-mail que te enviei, o único que sobrou. Ele voltou. Tu não tens nem endereço eletrônico mais. Por isso, vou guardar esta mensagem. Pois tu já não és, pois não anda em canto algum.