Sobre(nomes)

 


Bem vindo a mais um programa A Voz da meninada, eu sou o Carlos DALTON e vou ficar aqui até às 15h junto com a Eliana FREITAS, Opa, desculpa, é Eliana HOGGEDUSH, tudo bem Eliana? Sim Carlos DALTON, uma boa tarde aos nossos telespectadores, pois hoje o programa vai brilhar... Muito bem Eliana HOGGEDUSH, qual é a primeira apresentação? A primeira apresentação Carlos DALTON, vai ser da menina que veio do bairro de Guaianazes, de São Paulo, veja a história dela... Roda o vídeo! Olá, eu sou Clara Machado, mas meu nome artistico é Clara FERDINAND, tenho 11 anos e quero muito mostrar o meu trabalho. Muito bem Clara FERDINAND, sou eu aqui de volta, o seu apresentador Carlos DALTON, a apresentação de Clara FERDINAND acontece após os nossos comerciais. Se você está a procura de um banco para investir, venha para o novo Banco BENARDI, sua conta digital vai render bem mais que a poupança, posso te garantir, pois sou o gerente Bernardino DE LUCCA, e posso garantir o teu sucesso... Muito bem, muito bem  Bernadino DE LUCCA, muito obrigado pelo apoio e pelo sucesso de seu banco... Aqui estou de volta, Carlos DALTON, vocês gostaram da apresentação de Clara FERDINAND? Claro que sim, ela foi maravilhosa. Agora vamos para a nossa segunda apresentação, quem é Eliana FREITAS?, Opa, perdão, é... Eliana HOGGEDUSH. Muito bem Carlos DALTON, agora é ele, que veio do interior de Sergipe, Washington da Silva, veja a história dele, roda o vídeo. Olá, meu nome é Washington da Silva, mas meu nome artistico é Washington RICCI, tenho 13 anos e canto desde os meus 4 anos, quando fui incentivado pelo meu pai Manoel SANTORO. Muito bem Wellignton SILVA, opa, Wellignton RICCI, aqui sou eu de novo, o seu apresentador Carlos DALTON, agora temos que interromper a programação para a chamada especial de nossa repórter, que está ao vivo, Juliana MACERATTA. Olá amigos, estamos ao vivo para informar que amanhã estará disponível a última parcela do auxílio emergemcial e já tem gente na fila, vou falar aqui com um senhor que acabou de chegar. Olá, o senhor vai ficar na fila até amanhã? Chegou cedo para ser o primeiro? Qual é o nome do senhor e sua idade? Óia minha fia... Tenho 71 anos, trouxe até o cobertor para passar a noite aqui. Trouxe ainda umas bolachinhas. Ah... Eu vim lá de Parelheiros... Meu nome é Pedro PEREIRA, mas as pessoas me chamam só de PEDRÂO. Muito bem Seu PEDRÂO... Aqui é Juliana MACERETTA para o programa A Voz da Meninada, agora é com vocês aí do estúdio.

As músicas de Cristina

 


Sabe algo que passa despercebido e só após muito tempo, recordamos de fatos que estavam bem no interior de nosso subconsciente? Foi assim que me recordei de Cristina. Ela teve uma influência dantesca de muitas bandas de rock que ouço e sou fã de carteirinha, tudo culpa desta adolescente de 15 anos lá nos anos 70.

Remoendo fotos antigas encontro esta, no bairro de Vila Mascote, próximo à Vila Santa Catarina, onde minha tia Sefa morava. Na época tinha apenas 4 anos e ficava brincando pelos corredores no quintal da casa e Cristina ouvia suas músicas no volume máximo na casa ao lado.

Todos os grandes músicos e jornalistas anunciam em reportagens que seus primeiros discos comprados ou ganhados foi algum clássico do rock ou algun artista intitulado “cult” pelo mainstream jornalístico. Fico curioso e até duvido destas afirmações, pois todos se mostram bem informado e de “bom gosto” desde criancinha. Eu não. Meu primeiro disco comprado foi dos Carpenters, uma coletânea bem simples e da Som Livre; o segundo foi da Olivia Newton John, do filme Xanadu e o terceiro foi dos Paralamas do Sucesso,  O Passo do Lui.

E durante muito tempo acreditei que estes foram os primeiros artistas que consumi de fato. Mas tudo acabou esta semana quando reencontrei a foto da Cristina. Ao fazer uma viagem no tempo, relembro muito bem dela cantando  Skyline Pigeon, do Elton John e a repetia várias vezes.

Para a época, Cristina tinha um bom gosto, outras bandas que ela colocava em seu estéreo sem parar eram Chicago, América, Beatles e Led Zeppelin, entre outras bandas de rock dos anos 70. Cristina ouvia as músicas destes grupos todos os dias ao chegar da escola e, eu me lembro de cada grito que ela dava em alguns refrões.

Resolvi escrever este rascunho pela coincidência da foto e também por ter escutado “If you leave me now” de Chicago que já me remeteu a estas memórias e, me fez repensar um pouco as minhas origens musicais, quando se fala de rock.

Anos se passaram, minha tia mudou de casa, assim como Cristina que nunca mais tive notícias. Só ficaram as lembranças das músicas dela, que me influenciaram e uma foto PB.

O meio não é a mensagem?! Pode ser?!

 


Não… Não creio totalmente que o meio é a mensagem, mas, posso até acreditar parcialmente nesta tese. Por décadas o estruturalismo da comunicação de Ferdinand Saussure é estudada nas escolas e faculdades, e nela, o pensamento principal é: “o meio é a mensagem”, ou seja, todo enunciado está carregado de algum tipo de ideologia, seja ela qual for, pois toda palavra não é isenta, há uma razão em sua escolha.

Durante o curso de jornalismo, tive ótimos professores e, uma das definições da função do jornalismo é “ser testemunha da história”. Para isto, é preciso estar cada vez mais ausente de quaisquer tipos de posicionamento dentro de um texto… Ô tarefa dificil!! Novos estudos de comunicação e linguistica é bem taxativa em afirmar que isto é impossível. Entretanto, ao me deparar com o linguista russo Michael Backthin, vejo há uma possibilidade de isenção, pois ele contrapõe o estruturalismo de Saussure e revoluciona este contexto, ou seja,… O meio não é a mensagem, pois ela já estava no receptor.

Que loucura, que da hora… Vejo em Backhtin esta possibilidade de nos desprender do papel do emissor e a possibilidade de uma “tentativa de isenção” de um texto, tornando-o imparcial, como o texto jornalístico deve ser. Dentro desta ideia, toda a fonte de um enunciado, um texto, uma imagem, uma matéria jornalística, vai ter sempre um pode ter um viés ideológico, mas não na tentativa de isenção do emissor, mas sim no receptor onde a mensagem já estava, apenas foi revelada por meio do texto.

O russo Mikhail Bakthin da escola marxista da linguagem é bem atual e reformula toda uma teoria da linguagem até então completamente dominada por Saussure e sua a teoria dos signos linguísticos, que estão numa relação diferencial e negativa entre si dentro do sistema de língua, pois um signo só adquire valor na medida em que não é um outro signo qualquer: um signo é aquilo que os outros signos não são. Para exemplificar isto, temos o famoso exemplo da “cadeira”, ao escrever este móvel, utilizo as letras (signos) e então vem o significado da cadeira na mente de cada pessoa e há ainda o significante que é a cadeira, o objeto em sí, que pode ser diferente do imaginado. Saussure passeia ainda por várias “praias” importantíssimas da linguagem, que não cabe aqui enumerá-las, principalmente na semiótica, mas quero ficar apenas no ponto da mensagem em sí.

Já Bakhtin surge como um renovo total, segundo ele, na linguagem, todos os enunciados são dialógicos. Ou seja, a palavra é sempre perpassada pela palavra do outro, de forma que quem constrói um discurso sempre leva em consideração outros discursos, que assim estarão, de uma forma ou de outra, presentes no seu discurso (BAKHTIN, 2000, p. 291).

Assim, todo enunciado reporta-se a outro (ou outros) enunciado(s). E a delimitação do que o autor russo define como enunciado é precisa, embora abrangente: “Todo enunciado – desde a breve réplica (monolexemática) até o romance ou o tratado científico – comporta um começo absoluto e um fim absoluto: antes de seu início, há os enunciados dos outros, depois de seu fim, há os enunciados-respostas dos outros (ainda que seja como uma compreensão responsiva ativa muda ou como um ato-resposta baseado em determinada compreensão) (BAKHTIN, 2000, p. 29.

Que da hora, que maravilha de pensamento, que nos direciona o discurso na voz do “outro”, talvez, em exemplo prático, podemos imaginar uma criança recém alfabetizada e vamos dar a ela um lindo livro “Assim falava Zaratustra” de Friedrich Niezsche. Com certeza, não haveria compreensão alguma, mesmo com todos os conhecimentos dos signos propostos por Saussure. Apenas um adulto com uma leve compreensão de filosofia, sociologia e com uma pequena experiência de vida, poderá compreender tal obra, pois a mensagem já estaria dentro dele, mas revelada pelo livro. Este é um dos motivos dos grandes clássicos serem adaptados para a criançada.

Há alguns anos, assisti a um seminário de comunicação com Luis Frias da Folha de São Paulo. Ele revelou em uma palestra que nos anos 70, o jornal O Estado de São Paulo, apoiava, de certa forma o regime militar. Segundo ele, um dos requisitos para a contratação de repórteres era o seu posicionamento político. Todos pensaram que os jornalistas tinham que ser apoiadores do governo, pelo contrário, a preferência era por jornalistas comunistas, principalmente se tiverem trabalhado no famoso jornal A VOZ, o jornal do Partido Comunista. Segundo Frias, isto foi revelado a ele pelos Mesquitas, família que administrava o “Estadão”, pois os repórteres tinham duas funções, ao mesmo tempo tinham que seguir uma linha editorial, mas por conta do seu posicionamento político antigoverno, tentavam ser isentos da notícia o máximo que podiam.

Cabe então a nós, ávidos leitores a nos posicionar perante os textos e fazer um debate quanto à fonte da mensagem, pois ela pode ser revelada de forma diferente dentro de cada um de nós. Temos que analisar as fontes antes de mais nada, para que a real mensagem possa ser revelada dentro de cada um, ou seja, fazer um diálogo real entre o emissor-receptor.




O pensamento egoísta de ligar o "f*da-se"

A nova "ideologia" do “F*da-se” e o novo pensamento egoísta, é bem mostrado em um dos livros de auto-ajuda mais vendidos do mundo “ A sutil arte de de ligar o f*da-se” e o novo pensamento tipo “I don’t give a shit” – mostra o quanto egoísta e individualizada está parte da sociedade. Tipo, não importa o quanto a sociedade está ou o problema que o outro tem, quero é que se f*da, o importante sou eu e meus problemas, que quero resolver e superar, não importa como.
Este tipo de "rebeldia" é a mais primária e egoista que pode existir.

O preconceito, The band of Holy Joy e as lojas “Hi Fi”

Um dos meus empregos dos sonhos quando ainda era adolescente era trabalhar como vendedor de loja de discos. Sim, achava que seria ótimo, prazeroso trabalhar em um local tão descolado, principalmente as lojas do shopping como a antiga loja “Hi Fi”, para quem não sabe, era um ambiente “super maneiro”, com vários quadros de bandas nas paredes, a iluminação era diferente, parecia que você estava em uma danceteria, e o melhor ainda, a loja tinha uma cabine musical que parecia com as famosas cabines de telefones público de Londres, só que, ao invés das cabines, tinha um toca discos com isolamento acústico para o comprador desfrutar e conhecer o vinil que iria levar.

Nesta loja, era um sonho trabalhar e uma obrigação de comprar discos lá. Era Status ter no vinil, um selo “Hi Fi”, mais chique ainda era andar com o envelope Hi Fi com o disco dentro, era muito “cool”. Entretanto, nunca vi um cartaz ou anuncio nestas lojas precisando de vendedores ou até mesmo estoquistas.

 

Envelope da HI Fi para guardar os discos

Lá no final dos anos 80, comecei a colecionar discos de vinil, todo o trocadinho que descolava era investido nestas bolachas, assim como a assinatura da revista Bizz, a Placar e quadrinhos da Marvel. O meu quarto era uma desordem total destes artigos e para compartilhar esta experiência, trampar em uma loja de discos tornou-se uma obsessão.

Comecei a entregar currículos naquelas lojinhas que vendem discos bregas no centro de São Paulo. Certa vez o cara olhou pra mim, começou a me medir. Eu, um jovem negro, cabelo crespo tipo escovinha e de óculos, acho que não era o perfil que estava procurando, e me dispensou.

Fui então à loja mais séria, a Brenno Rossi, no Shopping Ibirapuera. Esta loja, além das músicas populares, trabalhava com os clássicos. Em 1989 ou inicio dos anos 90, quando o CD era artigo de luxo e importado, eles tinham um cantinho só de CDs importados de músicas clássicas. Entreguei o meu currículo para o gerente, que só me olhou e disse: “Qualquer coisa, te ligamos”.

O mais curioso, é que, sempre que entrava em uma destas lojas, ficava sempre olhando os discos e a disposição dos artistas nas estantes. Perguntava sobre bandas e discos que não estavam ali, apenas para testar o conhecimento dos vendedores, e sempre eu os achavam fracos, com falta de conhecimento musical, pois não sabiam responder algumas perguntas que fazia.

 

Mas o mais “legal”, para não dizer decepcionante, para comprovar a minha tese, foi o que aconteceu na minha loja dos sonhos, a Hi Fi. Certa vez, finalmente vi um anúncio de vendedor na vitrine. Entrei na loja e fiquei, como de costume, a olhar os discos e suas disposições nas prateleiras e vi várias raridades do rock, misturadas com bandas sertanejas e bandas pops com discos de rock inglês, que era a coqueluche dos anos 80. Um vendedor me abordou e eu disse que só estava olhando os discos.

Depois fui até o caixa e perguntei sobre a vaga de vendedor. Ele me disse para falar com o gerente e o mesmo tinha saído e voltava em 5 minutos. Aguardei ali na loja até o responsável retornar e quando chegou, o caixa informou que eu estava ali o aguardando. Então ele me perguntou: “Você tem experiência com vendas? Tem experiência com música?”. Respondi: “Não, mas tenho um bom conhecimento”.

Ele retrucou: “Sinto muito. É preciso experiência.”, e me dispensou, ali. Na lata. Então eu perguntei pra ele: “Você tem o single do grupo inglês The Band of Holy Joy?”, ele me respondeu: “Não. Não recebemos e não conheço a banda”. Então fui a até a prateleira, puxei o disco que ele disse não conhecer e o coloquei em cima do balcão do caixa, e disse: “Só quis te testar para ver se você tem conhecimento musical”, e fui embora.

Desde então, esta banda ficou especial pra mim, tanto que tive que comprar o disco importado deles, mas em outra loja, é claro!


A loja e os brinquedos

Uma coisa que gosto é de lojas de brinquedos. É legal ver as sessões de heróis e seus bonecos imaginários, as fantasias e apetrechos legendários.
Apenas os preços são desastrosos, mas é um local de se preparar e alimentar sonhos.

Me "estanto"

Uma história de 40 anos não iria acabar no lixo. Ela estava abandonada, largada, arranhada e desgastada pelo tempo. aproveitei estes dias e com verniz, novas madeiras e com pequenos reparos, reconstrui a historia desta estante que suporta parte dos meus pensamentos e gostos.





O pinto e a garrafa

Estes dias, durante esta quarentena, resolvi limpar um porão que existe em casa. Olhei para uma estante cheia de bugiganga e comecei a limpeza. De repente achei um caderno especial da morte de Jânio Quadros, quando era estudante não sei de que série; encartes dos ingressos do Rock in Rio e da Legião Urbana e o mais curioso foi um livro velho “Para Gostar de Ler – Volume I”, que contém crônicas de Carlos Drumond de Andrade, Fernando Sabino, entre outros.

 Comecei a ler alguns contos, como “O Pintinho” de Carlos Drummond. A história narra a celebração de um aniversário, no qual a decoração eram pintinhos sobre a mesa. Subitamente ouvi um barulho na rua, era o carro do garrafeiro, o cara dentro do veículo gritava com um alto falante: “Troco garrafas e panelas velhas por pintinhos”. Não acreditei que isto poderia acontecer em plena pandemia. E pensei: "Que coincidência!" E resolvi ir até a rua, juntamente com a euforia de algumas mães acompanhadas de suas crianças, que desfalcavam a cozinha em troca dos bichinhos. 

Ao abrir o portão, o veículo estava em frente de casa e deu para ver uma caixa lotada de pintinhos coloridos, eram verde, azul e amarelo. A meninada voltava com suas mães para a casa com as aves piando nos braços.

Depois desta cena, vi que Drummond estava certo quando narrou em seu conto: “não virou galo, nem caiu na panela. No fim de três dias, piando e sentindo frio, o pinto morreu”. 

Voltei para casa e liguei a TV, e o noticiário dizia que o Brasil, será campeão em exportações na área da agricultura, de carne e de frango. Frango! Pensei: “olha o penoso aí novamente!”. 

Mas isto só vai acontecer, desde que os pintos cresçam, não sejam coloridos, nem trocados por garrafas ou virem enfeites de mesa, mas que sejam a razão de estarem à mesa para serem comidos.

 



 


Já perdi as contas... dos dias, da casa...

A pandemia que assola o mundo está deixando todos de cabeças viradas em todos os sentidos. Já há quase três meses confinados, estamos engordando, comendo muito mais e por incrível que pareça, consumindo muito pela internet.
O tédio bate à porta e faz com que as pessoas saiam de suas casas, entretanto pagam o preço por isto, pois o número de contágios do Corona Vírus tem aumentado a cada dia. É preciso ter cautela, hora de reinventar coisas para fazer dentro de nossas casas, como aquela pintura daquela parede; reparar o telhado; limpar o armário...
Mas uma coisa que vem chegando a cada dia e o que mais incomoda são elas... As contas. Enfim! Vamos seguindo adiante, pois o cenário político também não está nada bom com a demissão do ministro da Saúde Nelson Teich. Realmente o país está na UTI.

washed hands



I know that I learned to thank; It is not what it looks like, or what it might be; I have always forgiven myself for my invented truths; I now recognize, those acts, those blunders; Today I am so sure, I will tell you; I don't know how I'm going to tell you; Today my hands are washed. My sins were forgiven. Today I am so sure I will tell you; My forgiveness did not make it happen; It was a lot of pretension: To be a creator and forgiver of my path; Who gave rise to my thanks?; The answer comes from heaven and not in my view; God saved me and this I have to say: It was for the cross, for life and for the freedom to live.

Orações Coordenadas


Vídeo sobre Orações Coordenadas Sindéticas e Assindéticas. Alunos do 3º A, turma 2020. Links de referência para esta aula são:
Olá, vídeo sobre as Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas.
Livros para baixar, acessem este link – https://super.abril.com.br/blog/cultu…
Texto sobre Orações Coordenadas, acessem este link – https://www.educamaisbrasil.com.br/en…

O sufixo “ista” e o radicalismo político



A maravilhosa Língua Portuguesa é extremamente rica, capaz de dar significados maravilhosos onde aparentemente não tinha; é capaz ainda de transformar um “simples” substantivo em adjetivo ou até mesmo em verbo. Um bom exemplo é a cor “amarela”, podemos afirmar em alguma ocasião que o “sujeito ficou amarelo com tal situação”, ou transformar esta cor em um verbo: “Aquele sujeito amarelou”. Pois é, mas outra maravilha da Língua Portuguesa são os sufixos. Sim, aqueles que vão lá no final da palavra, mas especificamente o “ista”.

Sim. Este “ista” vem sendo utilizado ultimamente com um contexto bem político. Sabemos que os sufixos são formadores de adjetivos e substantivos e que exprimem a noção de adepto (ex.: liberalista), ocupação ou ofício (ex.: acordeonista, jornalista), especialista ou estudioso (ex.: ginecologista, queirosianista), proveniência ou relação (ex.: sulista), e por aí vai...

Mas, uma palavra aparentemente nova dentro de textos políticos é o termo “esquerdista”. Uma palavra com a grafia correta em sua essência, porém com um enorme peso ideológico. Na imprensa, dificilmente lemos textos com o termo “direitista”, por outro lado “esquerdista” aparece, na maioria dos casos com um tom pejorativo ou dito para categorizar pessoas ou ideias diferentes da pessoa que o emite.

Por conta disto, analisei três definições do termo esquerdas em dicionários conceituados. O primeiro foi o “Dicionário Online de Português”, que define o “esquerdista” como um substantivo masculino e feminino que significa Comunista ou socialista. Diz ainda que os esquerdistas defendem a propriedade coletiva dos meios de produção e de serviços. Afirma também que “é um adjetivo, e que são pessoas que militam ou defendem ideias de esquerda de partidos esquerdistas”.

Tal definição para um dicionário conceituada é preciso tomar cuidados com tais afirmações carregadas de ideologias. Será que um democrata americano é um comunista? Trata-se de uma definição pobre e carregadas de ideologias.

O segundo dicionário consultado foi o tradicional “Michaelis”, com uma linguagem mais apurada, o Michaelis não utiliza o sufixo “ista”, e faz a seguinte definição de Esquerdas: “são correntes políticas socialistas”; ao invés de utilizar “esquerdista”, Michaelis utiliza o termo “de esquerda” e faz define como “Seguidor ou entusiasta de qualquer partido de esquerda e de seus ideais”.

O terceiro dicionário verificado foi o Houaiss, que por sua vez, mergulha na história para definir “esquerda” no contexto político. De acordo com o Houaiss a esquerda é um “conjunto de membros de uma” assembleia parlamentar que lutam por ideias avançadas, em oposição aos conservadores [Originariamente, à época da Revolução Francesa, a bancada representativa dessas tendências ficava à esquerda do presidente; na câmara e no senado dos E.U.A., os democratas (menos conservadores) sentam-se à esquerda, e os republicanos (mais conservadores), à direita.]

Diz ainda que é um conjunto dos indivíduos de uma nação, ou mesmo de uma comunidade supranacional, que acreditam na superioridade dos regimes socialistas ou comunistas sobre outras formas de organização econômico-políticas, especificamente o capitalismo, com sua fé no mercado como regulador de tudo, atribuindo, portanto, ao Estado o dever de intervir na economia, e que advogam o dever do Estado em prover o bem-estar dos cidadãos, tendo ainda como uma de suas principais metas é acabar com as desigualdades sociais inerentes ao regime capitalista.




Fóssil de cabeça oca e o Lifafil



Li estes dias no jornal que os cientistas norte-americanos descobriram por acaso, a identificação de uma nova espécie de dinossauro que tem a cabeça oca. Os cientistas da Universidade da Pensilvânia deram o nome de Suuwassea. Que coisa importante não? Acho que demoraram muito para descobrir animais com estas características, eu mesmo conheço várias cabeças ocas e não sou nenhum cientista.

Aliás, os seres humanos, apesar do encéfalo, possuem um vazio na cabeça, talvez herdado lá, há bilhões de anos pelo tal Suuwassea. Os “cabeças ocas” contagiam toda a sociedade, desde o cara que joga sujeira nas ruas, até os homens que estão no poder, que reajustam os combustíveis, dão um aumento de apenas R$ 20 no salário mínimo ou reajustam o salário do servidor público em 0,1%.

Mas, ânimo! Ainda há os seres pensantes como os cientistas tupiniquins que estão criando o “Viagra” brasileiro. Os pesquisadores da Universidade de São Paulo estão desenvolvendo o medicamento com o mesmo princípio ativo dos remédios já existentes no mercado contra a “disfunção erétil”, ou seja, a famosa “brochada”.

 O nome está em fase de estudo, mas deverá se chamar Lifafil. Agora, os voluntários que façam fila para experimentar o tal lifafil, e quem o tomar terá certeza absoluta que não ficará com a cabeça oca.

As vontades e os desejos



Nestes momentos em que o mundo está passando por esta epidemia do Covid-19, muitos estão ignorando a quarentena, outros estão exagerando em termos de cuidados pessoais e se negam até a saírem de seus quartos, mas o fato é que estamos passando por uma mudança de paradigma da forma como vivemos. Após este período que alguns falam que vai levar mais um ou até dois ou três meses de clausura, ou seja, em que toda a economia para e as pessoas não podem ir às ruas, exceto a serviços essenciais, os cuidados pessoais na forma como as pessoas se convivem deve mudar.

Ainda não sabemos como será esta nova construção de identidade social que deverá ser desenvolvida, mas é certo que nunca mais seremos os mesmos. Com certeza serão desenvolvidas novas leis e obrigações que deveremos seguir. Talvez cada pessoa deverá andar com sua máscara pessoal, nos restaurantes, novas obrigações de higiene e de atendimento deverão ser estabelecidas para que as pessoas possam ter segurança em consumir os alimentos no local.

Enquanto isto, as pessoas que estão enclausuradas, estão fazendo promessas para que, quando tudo isto passar, poder realizar suas vontades, de se reunir com suas famílias, amigos fazer uma grande confraternização. Outros desejam apenas que o mundo volte ao normal para poder ir ao shopping fazer compras, ou ir até o calçadão da praia para se exercitarem ou até mesmo, para voltar ao seu ritmo normal de trabalho, em sua empresa ou em seus escritórios.

A tarefa mais difícil não é a clausura em si, mas é não saber o que fazer. É não saber aproveitar o tempo, que outrora reclamávamos por não tê-lo, e agora que o temos, não sabemos o que fazer com ele. A população não tem vontade de ler; não tem vontade de aproveitar e estudar, de meditar, de rezar, orar, de repensar a forma como estamos vivendo.

Como população, este deveria ser o nosso desejo, de refletir o nosso modo de vida. De repensar o nosso dia a dia e também de fazer novos planos. Para muitos o ano de 2020 acabou, mas na verdade 2020, é o ano definitivo deste novo século. Um novo jeito de viver e de olhar a vida deverá mudar. Basta saber agora se é para o bem ou para o mal. Isto dependerá apenas do nosso desejo e da nossa vontade.



Não há vagas



Recentemente uma aluna em sala de aula me entregou uma poesia intitulada: “Não há vagas”. Desanimada com a falta de oportunidades no mercado de trabalho, fez uma dura critica social em relação às políticas públicas e a falta de oportunidades para quem está ingressando no mercado de trabalho.

Esta poesia me fez refletir profundamente e fiquei incomodado quando passo nas ruas das periferias e vejo dezenas de jovens dentro de bares jogando bilhar durante o dia. Muitos deles concluíram o Ensino Médio e não tiveram condições de ingressarem em uma faculdade e também não conseguiram o tão desejado primeiro emprego. Já outros desistiram de estudar e apenas passam o tempo nestes bares ou nos novos “points” que são os salões de cabeleireiros ou as novas barbearias que se espalham pelos bairros.

Na verdade, há um exército gigantesco de jovens  que poderiam estar exercendo uma atividade, mas estão sendo ignorados pelo Poder Público. Não apenas os jovens, mas muitos que perderam seus empregos nos últimos anos e, que, infelizmente estão sendo ignorados por conta de suas baixas qualificações profissionais e também pelos novos paradigmas dentro do Mercado de Trabalho, onde muitas profissões deixaram de existir e as pessoas já não se enquadram nestes novos postos.

Por conta deste problema grave que estamos vivendo, começam a se propagarem campanhas em prol do “empreendedorismo”, se não há vagas, então “crie a sua”. Programas na televisão abordam constantemente este tema e sempre mostram os casos de sucesso, mas se esquecem que de cada 10 novas empresas, apenas uma sobrevive neste novo cenário do tal Mercado e as outras nove terão seus nomes negativados e com enormes dividas a serem pagas. 

A classe média adora o bordão e as novas empresas agora levam o nome de “Start Up”. Mas na verdade, as pessoas continuarão a ficar desempregadas e a enviar seus currículos... Mas infelizmente “não há vagas”.

Quarentena

Minha nossa, realmente nunca me senti dentro de um filme apocalíptico. Esta é a minha sensação com o tal Corona Vírus ou simplesmente COVID-19. No último domingo, dia 15, fui à uma grande rede de hipermercado em São Bernardo do Campo e parecia um "inferno", de tanta gente querendo superlotar seus carrinhos. Estava um caos total, famílias com dois ou três carrinhos e com produtos básicos, como arroz, feijão, papel higiênico, etc. Teve briga, discussões, e eu, não querendo participar disto, abandonei o meu carrinho e fui embora.

Um amigo que mora em Portugal me afirmou que lá está a mesma coisa, ou seja, o mundo está de cabeça para baixo. Notícias apontam que o Brasil, se não se cuidar, pode ultrapassar, em números, em relação à Itália. E lá, não está fácil, até a data deste sábado, dia 21, às 00h30, a Itália estava com 37820 mil casos e com 4038 casos fatais. Os números são alarmantes chega a ser pior que uma guerra.

Para piorar ainda mais estes tempos apocalípticos, muitos não dão a mínima para este novo vírus, acreditam que são imunes, principalmente frequentadores de botecos. Estes dias um dos proprietários de um bar disse para mim: "Esta é uma doença de rico, aqui não vai chegar não", afirmou.
Por outro lado será uma ótima experiência passar uns dias junto à família, por a leitura em ordem, fazer e refazer alguns trabalhos e também repensar projetos. Para alguns, o ano de 2020 já acabou. Outros pensam que o ano de 2020 só começará quando a COVID-19 for embora. Mas enquanto ela está no meio de nós, temos que nos cuidar...


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